Carreira

Qual é o tempo ideal para pedir demissão?

Marissa Mayer, ex-Google e atual CEO do Yahoo!, teria pedido demissão apenas meia hora antes de nomeação, diz Business Insider. Vale a pena seguir o exemplo dela?


	Marissa Mayer, nova CEO do Yahoo!: ela teria pedido demissão apenas meia hora antes do anúncio oficial do novo cargo. Ela agiu corretamente?
 (Noah Berger/Reuters)

Marissa Mayer, nova CEO do Yahoo!: ela teria pedido demissão apenas meia hora antes do anúncio oficial do novo cargo. Ela agiu corretamente? (Noah Berger/Reuters)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 16h09.

São Paulo - Uma das transições de carreira mais comentadas do ano por pouco não pegou os antigos empregadores de surpresa. Segundo reportagem do Business Insider, a atual CEO do Yahoo! Marissa Mayer teria pedido demissão ao Google apenas trinta minutos do comunicado oficial do Yahoo!

De acordo com fontes não identificadas ouvidas pelo Business Insider, o Yahoo! pediu sigilo absoluto para Marissa por temer que o gigante do Vale do Silício fizesse uma contraproposta mais interessante para a então vice-presidente de produtos do Google.

Verdade ou não, o caso lança luz em uma questão difícil para muitos profissionais por aí: quanto tempo antes de deixar a empresa deve-se entrar com o pedido de demissão? 

Para Telma Guido, consultora de transição de carreira da Right Management, se verídico, o caso de Marissa Mayer é uma exceção. “No mercado, de uma maneira geral, é comum que o executivo peça a demissão em torno de 15 a 20 dias antes de mudar de empresa para que seja possível se fazer uma transição mais adequada dentro da própria corporação”, afirma.

O período, na maior parte dos casos, é suficiente para que profissional e empresa deixem a casa em ordem: com atividades como a contratação ou treinamento de um substituto para o cargo.

Agora, é fato, que cada caso é um caso. E, em algumas situações, a empresa que está recrutando precisa do profissional em caráter emergencial. “Isso é mais raro para cargos executivos”, diz a especialista. Mas se acontecer, em qualquer nível da hierarquia corporativa, a dica é negociar, sempre.

Lembre-se: as leis de networking e boa vizinhança corporativa determinam que é essencial não deixar nenhuma das partes na mão – nem o profissional quando deixa a empresa, nem a companhia quando se despede do profissional.

Por outro lado, os tempos mudaram na relação entre recrutador e profissional. Hoje, não existe mais uma relação de poder entre as duas partes, mas sim de parceria. Em outros termos, colocar na mesa as limitações da data para assumir o novo cargo não irá comprometer sua reputação com o futuro empregador. Ao contrário. 

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiagestao-de-negociosGoogleMarissa MayerMulheres executivasTecnologia da informaçãovagas-de-empregoYahoo

Mais de Carreira

‘Essas foram as lições mais importantes que aprendi’, diz CEO da Lyft

“A nova geração precisa ser mais ‘Cazuza’ no mercado de trabalho”, diz presidente da Chilli Beans

Mães e filhos no trabalho: as histórias que mostram que legado também se constrói em família

Mercado fértil: Grupo Fleury investe mais de R$ 18 milhões em fertilidade. CEO explica a aposta