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Por que o CEO do maior banco dos EUA não lê mensagens no trabalho

O CEO do JPMorgan afirmou que não lê mensagens de texto durante o expediente e mantém todas as notificações do celular desativadas

Jamie Dimon: presidente do JPMorgan só recebe notificações de mensagens enviadas pelos filhos (Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg/Getty Images)

Jamie Dimon: presidente do JPMorgan só recebe notificações de mensagens enviadas pelos filhos (Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg/Getty Images)

Publicado em 10 de novembro de 2025 às 13h43.

O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, revelou que mantém uma rotina digital bastante restrita no ambiente de trabalho — e que isso é parte de sua estratégia para manter o foco.

Em entrevista à CNN, o executivo de 69 anos afirmou que não lê mensagens de texto durante o expediente e mantém todas as notificações do celular desativadas, com exceção das enviadas pelos filhos.

“Se você me mandar uma mensagem durante o dia, provavelmente eu não vou ler”, disse Dimon. “A única notificação que recebo é dos meus filhos.”

Segundo ele, o hábito ajuda a preservar a concentração em reuniões e conversas. “Quando estou andando pelo prédio ou indo para reuniões, o telefone fica na minha sala”, contou. “Entro nas reuniões 100% focado no que estamos discutindo.”

Contra distrações e trabalho remoto

Dimon é conhecido por suas críticas à falta de etiqueta em reuniões. Em outubro, durante o evento Fortune’s Most Powerful Women Summit, classificou o uso de celulares e tablets nesses momentos como “desrespeitoso” e uma “perda de tempo”.

“Se alguém tiver um iPad e parecer que está lendo e-mails, digo para fechar o aparelho”, afirmou na ocasião.

O executivo também mantém uma postura rígida sobre o trabalho presencial. Em um áudio interno vazado no início do ano, ele criticou funcionários que resistem a voltar ao escritório.

“Não me venham com essa de que o trabalho remoto de sexta-feira funciona”, disse. “Ligo para várias pessoas e não consigo falar com ninguém. Já perdi a paciência com isso.”

Dimon ainda acusou gestores de usarem o home office para relaxar durante reuniões virtuais, checando e-mails e mensagens em vez de prestar atenção. “Se você acha que isso não reduz a eficiência, a criatividade e a educação, reduz sim”, afirmou.

 

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