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Redatora
Publicado em 11 de junho de 2025 às 14h56.
Você pode não trabalhar com tecnologia. Mas, se estiver de olho nas melhores oportunidades do mercado financeiro, precisa entender uma revolução silenciosa que já movimenta bilhões: o Open Finance.
O nome pode parecer técnico, mas o impacto é direto: o Open Finance está redesenhando a forma como bancos, fintechs e clientes se relacionam — e, no caminho, abrindo espaço para novas carreiras, funções híbridas e perfis com foco em dados, inovação e experiência do usuário.
“O Open Finance é meio, ele não é produto. Então, no fim das contas, o Open Finance é aquilo que viabiliza a gente a ter produtos e serviços melhores, mais baratos, mais conectados com a nossa realidade”, explica Adriana Selva, Group Product Manager na Neon.
Com o Open Finance, os dados deixaram de ser propriedade das instituições financeiras e passaram a pertencer ao próprio cliente.
Isso significa que uma pessoa pode autorizar uma corretora, por exemplo, a acessar seus investimentos em diferentes bancos e oferecer uma solução mais personalizada.
“Pro assessor de investimentos, aquele assessor que não mostrar o Open Finance pro cliente, de certa forma vai perder o cliente. Porque o cliente quer, no final das contas, que você cuide de tudo dele”, afirma Matheus Batina Santos, Product Manager no Itaú.
O impacto vai além da personalização.
Na prática, isso significa mais competitividade e mais conveniência. Já é possível, por exemplo, configurar transferências automáticas entre bancos para aplicar em um CDB — ou solicitar a portabilidade de crédito com um clique, buscando uma taxa menor via aplicativo.
O Brasil é hoje uma referência global em Open Finance, com mais de 51 milhões de consentimentos ativos. E esse movimento criou uma demanda urgente por novos talentos.
“Ainda são poucas pessoas que trabalham com isso. Então, quem tiver vontade, o momento é agora”, diz Adriana.
As áreas mais promissoras vão além do setor financeiro tradicional: há espaço em produto, UX, dados, segurança da informação, marketing digital e regulação.
“Enxergando o todo, eu consigo oferecer a melhor solução para aquele cliente de maneira geral”, afirma Matheus. Para isso, é preciso ir além do óbvio: “É como achar petróleo. Se você não souber processar, não vira gasolina. Só gasta dinheiro”, completa Adriana.
Entre os perfis mais procurados, estão:
Mesmo quando ainda era opcional, fintechs e bancos menores correram para adotar o sistema.
“Se você não entrar e não entender, vai ficar para trás. Mas se fosse uma escolha, ainda assim valeria a pena”, disse um dos palestrantes no evento realizado pelo Na Prática.
No fim das contas, o Open Finance transforma o jogo: quem souber usar os dados com inteligência, ética e foco no cliente não só ganha eficiência — ganha relevância de mercado.
Para quem está começando agora, o conselho dos especialistas é direto:
“A informação chega a galope. O que você pensa que pode dar errado tem muito mais chance de dar certo no final do dia. Mete as caras.” — Matheus Batina Santos
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