Maria Antonietta Russo, CHRO da TIM Brasil: “Transformação digital não é agenda de RH, é da empresa” (Divulgação/Divulgação)
Repórter
Publicado em 23 de outubro de 2025 às 19h30.
Cerca de 170 milhões de empregos serão criados e 92 milhões extintos até 2030, segundo o relatório The Future of Jobs Report, do Fórum Econômico Mundial. Atenta a essa tendência, a operadora de telefonia TIM fez da requalificação profissional o eixo central da sua estratégia de negócios.
“A transformação digital não é uma agenda de RH, é uma agenda da empresa”, afirma Maria Antonietta Russo, vice-presidente de Pessoas, Cultura e Organização da TIM Brasil.
À frente de uma equipe de mais de 9 mil funcionários, a executiva acredita que o futuro das empresas depende da capacidade de preparar pessoas para novas competências — técnicas, cognitivas e emocionais.
“Queremos pessoas preparadas para novos desafios, mas também equilibradas emocionalmente. Não existe transformação digital sem saúde mental e sem propósito”, diz.
Com esse foco, a TIM investe cerca de R$ 10 milhões por ano em educação, combinando trilhas de upskilling e reskilling com iniciativas de desenvolvimento humano e bem-estar. Sob o guarda-chuva do programa Onda Digital, a empresa criou academias internas — entre elas a Leadership Academy — que funcionam como laboratórios de aprendizado contínuo.
“Criamos uma rede de aprendizado com escolas e universidades para formar competências que acompanhem as transformações do negócio”, diz a executiva. O resultado: 62 mil horas de treinamento entre junho e setembro, com adesão de 80% dos funcionários.
A companhia também estimula o protagonismo individual. Oferece acesso gratuito aos cursos de idiomas por meio de uma plataforma, extensível a familiares, e exige que todos os estagiários aprendam inglês. “O idioma já faz parte das competências digitais essenciais”, afirma Antonietta.
Embora seja uma empresa de telecomunicações — e entregue um smartphone com plano ilimitado a todos os funcionários —, a TIM defende que a verdadeira conexão começa de dentro. O programa Sintonize em Você reforça essa ideia, lembrando os colaboradores da importância de se desconectar para se reconectar.
“Em uma empresa de tecnologia, é uma responsabilidade lembrar a todos que também é importante voltar a sintonizar consigo mesmo”, diz executiva. “A pandemia nos ensinou que é preciso cuidar das pessoas antes da crise, e não depois dela”.
Com esses benefícios, a TIM foi destaque entre as três empresas que mais ponturam no Prêmio EXAME Melhores em Gestão de Pessoas 2025, na categoria de 5.000 a 10.000 funcionários.