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Instituto Coca-Cola quer conectar 5 milhões de pessoas ao mercado de trabalho até 2030

Com novo aplicativo que será lançado na próxima semana, Instituto busca incluir mais jovens vulneráveis ao trabalho formal em todo o Brasil; entenda como

Daniela Redondo, diretora-executiva do Instituto Coca-Cola: “Estamos falando de 45 milhões de jovens no Brasil. Desses, 31 milhões pertencem a famílias de baixa renda. É urgente conectá-los com o mundo do trabalho” (Instituto Coca-Cola/Divulgação)

Daniela Redondo, diretora-executiva do Instituto Coca-Cola: “Estamos falando de 45 milhões de jovens no Brasil. Desses, 31 milhões pertencem a famílias de baixa renda. É urgente conectá-los com o mundo do trabalho” (Instituto Coca-Cola/Divulgação)

Publicado em 1 de maio de 2025 às 07h57.

Última atualização em 1 de maio de 2025 às 09h50.

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No Brasil, onde milhares de jovens vivem em situação de vulnerabilidade social, o acesso ao mercado de trabalho segue como um dos grandes desafios estruturais. Neste 1º de maio, Dia do Trabalho, a data convida à reflexão sobre o futuro da força produtiva do país — e uma das iniciativas que vem se destacando nesse cenário é o trabalho do Instituto Coca-Cola Brasil.

Com o objetivo de reduzir a desigualdade e ampliar oportunidades para a juventude, o Instituto pretende conectar 5 milhões de jovens de baixa renda ao mercado de trabalho até 2030.

“Estamos falando de 45 milhões de jovens no Brasil. Desses, 31 milhões pertencem a famílias de baixa renda. É urgente conectá-los com o mundo do trabalho”, afirma Daniela Redondo, diretora-executiva do Instituto desde 2014.

Com uma trajetória dedicada ao impacto social e ao empoderamento econômico, ela está à frente de iniciativas que aliam capacitação acessível, rede de empregadores e tecnologia para gerar oportunidades concretas.

Plataforma de empregabilidade com alcance nacional

Desde 2009, o Instituto tem como causa prioritária o empoderamento econômico de populações vulneráveis. A principal frente atual é o Coletivo Jovem Coca-Cola, uma plataforma digital que oferece trilhas de aprendizagem curtas (baseadas em nanolearning) via WhatsApp, site do Instituto e aplicativo, e que prepara o jovem para seu primeiro emprego. O programa já formou mais de 600 mil jovens, sendo 142 mil apenas em 2024. Desses, 53% conseguiram se inserir no mercado de trabalho, segundo o último relatório anual.

Após a capacitação, os participantes têm acesso a um hub de empregabilidade com mais de 400 empresas parceiras, que vão desde redes varejistas a call centers. Em 2024, mais de 25 mil vagas reais foram abertas por meio do programa. “A força da Coca-Cola está na sua capilaridade. Todo ponto de venda pode ser um potencial empregador”, afirma Redondo.

Foco em soft skills e inclusão

Para a diretora-executiva do Instituto, as chamadas soft skills são ainda mais relevantes do que as competências técnicas.

“Tecnologia muda rápido, mas proatividade, comunicação e habilidades interpessoais continuam sendo diferenciais humanos que nenhuma inteligência artificial substitui”, afirma.

A plataforma, que agora ganha também um aplicativo nacional, que será lançado na próxima segunda-feira, 5, oferece orientação sobre processos seletivos, tipos de contrato, montagem de currículo e comportamento em entrevistas — temas muitas vezes ausentes do repertório de jovens sem rede de apoio ou referência familiar.

Tecnologia e escala: os próximos passos

O Instituto, que hoje opera com apenas 24 funcionários distribuídos pelo país, planeja acelerar sua atuação com o uso de inteligência de dados e automação. O objetivo é sair de milhares para milhões.

"A meta é clara: atingir 1 milhão de jovens até 2026 e 5 milhões até 2030, com foco especial em mulheres e negros", afirma Redondo.

Ensino do inglês para jovens no Pará

Outra frente em expansão é a oferta de bolsas de estudo em inglês, fruto de parceria com a EF Education First, Governo do Pará e da Solar Coca-Cola. Já em andamento no Pará, por meio do programa Coletivo ON, a iniciativa eliminou o limite de idade e oferece cursos gratuitos de idioma para quem conclui a formação inicial. “O inglês ainda é uma barreira, mas estamos avaliando se há aderência suficiente para expandir essa frente”, diz Redondo que explica que a ação foi pensada para ajudar estudantes locais a se destacaram em um ano que será marcado pela COP30 no Brasil.

Um legado de impacto social

Criado em 1999, o Instituto Coca-Cola Brasil tem uma história marcada por adaptações às transformações sociais. Já atuou com causas como reflorestamento, reciclagem e acesso à água, mas hoje concentra esforços na formação de jovens para o mercado de trabalho.

“Nosso legado será contribuir para que milhões de brasileiros tenham acesso à renda digna e oportunidades reais de crescimento”, afirma Daniela. “É isso que move a gente todos os dias.”

Para participar dos cursos do Instituto Coca-Cola Brasil acesse o site Coletivo Jovem Coca-Cola.

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