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Na Daiichi Sankyo, crescimento sem perder o DNA de acolhimento

Com mais de um século de história, a farmacêutica japonesa mede e acelera suas metas de inclusão com precisão

Irineu Silva, head de RH da Daiichi Sankyo: “É no detalhe que a inclusão acontece” (Divulgação/Divulgação)

Irineu Silva, head de RH da Daiichi Sankyo: “É no detalhe que a inclusão acontece” (Divulgação/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 19h30.

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Na Daiichi Sankyo, multinacional japonesa com mais de um século de história e 60 anos de operação no Brasil, a diversidade é medida com a mesma precisão que seus medicamentos.

O Farol da Diversidade, ferramenta criada para acompanhar metas de inclusão por diretoria, é atualizado mês a mês e reflete o ritmo de avanço de uma cultura que fez da equidade um pilar estratégico.

Hoje, 53% do quadro total é composto por mulheres, 45% dos cargos de liderança são ocupados por elas, e 42% dos funcionários se declaram pretos ou pardos — indicadores que colocam a farmacêutica entre as mais diversas do setor.

O farol é alimentado por dados vindos dos grupos de afinidade da empresa, formados por até 30 pessoas e voltados para temas como raça, gênero, PCD e comunidade LGBTQIAP+. Esses grupos funcionam como espaços de escuta e aprendizado, nos quais funcionários compartilham experiências e sugerem ações práticas.

Cultura do cuidado

“É no detalhe que a inclusão acontece”, afirma Irineu Silva, diretor de Recursos Humanos. Um exemplo veio do grupo de pessoas com deficiência: após o relato de uma funcionária sobre a dificuldade de usar a copa, a empresa adaptou os equipamentos e o ambiente. “São pequenas mudanças que mostram respeito e geram pertencimento.”

Esse olhar atento às pessoas se estende a todas as frentes. Desde 2019, a Daiichi mantém uma Política de Cultura do Cuidado, guiada por três pilares — empatia, propósito e pertencimento — e traduzida em políticas concretas: modelo híbrido de trabalho (dois dias presenciais e três remotos), horários flexíveis, licença-maternidade de seis meses, paternidade de 20 dias, apoio psicológico e jurídico gratuito (via programa IAB) e o Short Friday, que libera as sextas-feiras mais cedo para atividades pessoais ou de desenvolvimento.

Os funcionários também recebem medicamentos da marca gratuitamente, inclusive para seus pais — um gesto que simboliza a filosofia de cuidado que norteia a empresa.

Com 650 funcionários no país, uma fábrica em Alphaville e centro de distribuição em Varginha (MG), a farmacêutica se prepara para inaugurar uma nova planta em 2027, parte de um plano de expansão que reforça o protagonismo do Brasil nas operações da América Latina. O desafio, segundo Silva, é crescer sem perder a essência.

“Queremos manter o nosso DNA de acolhimento, mesmo com a expansão. Acolher, desenvolver e engajar é o que faz da Daiichi uma empresa humana — e, justamente por isso, inovadora.”

Com esses benefícios, a Daiichi Sankyo Brasil foi destaque entre as três empresas que mais pontuaram no Prêmio EXAME Melhores em Gestão de Pessoas 2025, na categoria de 300 a 1.000 funcionários.

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