Carreira

EUA querem limitar recrutamento de talentos no país pela China

Um projeto de lei aprovado para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento nos EUA impediria cientistas e acadêmicos de participarem de projetos de pesquisa financiados pelo governo americano caso também recebam apoio da China

Guerra comercial: expectativa sobre reunião entre EUA e China movimenta os mercados globais (Aly Song/Reuters)

Guerra comercial: expectativa sobre reunião entre EUA e China movimenta os mercados globais (Aly Song/Reuters)

B

Bloomberg

Publicado em 20 de julho de 2021 às 10h29.

O Congresso americano quer limitar a capacidade da China de recrutar cientistas e acadêmicos nos Estados Unidos como parte de ações de maior alcance do governo de Washington para enfrentar a influência crescente do país asiático.

  • Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

Um projeto de lei aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento nos EUA impediria cientistas e acadêmicos de participarem de projetos de pesquisa financiados pelo governo americano caso também recebam apoio da China.

“Durante anos, o Congresso, agências de pesquisa federais, agências de segurança nacional e universidades têm trabalhado para erradicar o recrutamento ‘maligno’ de talentos estrangeiros”, disse Randy Feenstra, deputado republicano de Iowa que apresentou a medida, durante uma audiência da comissão sobre a legislação. “Chegou a hora de simplesmente proibi-los de receber dólares de contribuintes dos EUA.”

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, se esquivou de uma pergunta sobre o projeto de lei durante coletiva de imprensa na segunda-feira em Pequim, dizendo que não tinha conhecimento do assunto.

A aprovação da restrição pela Câmara dos EUA é mais um sinal da relação tensa entre as duas maiores economias do mundo, mesmo no nível acadêmico, que tem atraído centenas de milhares de estudantes e pesquisadores chineses e coincide com uma linha mais dura do governo americano.

Na segunda-feira, EUA, Reino Unido e aliados formalmente atribuíram o ataque de hackers contra o Microsoft Exchange a agentes afiliados ao governo chinês e acusaram a China de uma ampla gama de “atividades cibernéticas maliciosas”.

O governo Biden planeja uma série de medidas para proteger os interesses americanos na região e emitiu um alerta a investidores na sexta-feira sobre os riscos de fazer negócios em Hong Kong. Enquanto isso, o Congresso age para penalizar o governo de Pequim por violações no comércio, direitos humanos e propriedade intelectual.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEducaçãoEstados Unidos (EUA)Governo BidenHong KongPesquisas científicas

Mais de Carreira

'De vez em quando eu faço Uber', diz Silvia Penna, CEO da Uber no Brasil

Essas são as práticas para destacar suas qualificações no processo seletivo, segundo especialista

Como participar de debates acadêmicos de forma construtiva e ampliar seu impacto no mercado

Como jovens profissionais podem aproveitar ao máximo eventos, palestras e congressos acadêmicos