Luiz Filipe Guerra, CEO e co-fundador da Polus Brasil
Redatora
Publicado em 21 de novembro de 2025 às 05h00.
Quando a conta de luz da casa da família bateu em R$ 1.000, em Cruzeiro do Sul (AC), Luiz Filipe Guerra não imaginava que aquele papel seria o gatilho de toda a sua carreira. “Meu pai não conseguia entender por que a conta estava tão alta. Eu disse: me dá aqui, eu quero entender o porquê”, relembra.
Esse impulso de entender o porquê atravessa toda a trajetória do engenheiro eletricista, hoje CEO e co-fundador da Polus Brasil, startup de tecnologia limpa referência em eficiência energética e refrigeração inteligente, reconhecida pelo MIT Technology Review como Innovator Under 35 LATAM.
Para quem busca execução de alta performance, sua história mostra como disciplina, curiosidade e ação rápida se transformam em resultados concretos, mesmo quando se começa em condições adversas.
Criado em oito estados, sempre em escolas públicas e em regiões remotas da Amazônia, Guerra conviveu com realidades que marcaram sua visão de mundo. Em São Gabriel da Cachoeira, tinha colegas que guardavam a merenda escolar para garantir a única refeição da mãe.
“A dura realidade fora das capitais nunca saiu da minha cabeça”, afirma.
Mas foi ao enfrentar a conta de luz de quatro dígitos que surgiu seu primeiro projeto de impacto. “Eu não cortei nada. Só troquei o que era ineficiente por eficiente. Em três meses reduzi a conta de mil para quinhentos”, ele conta.
Ali, percebeu que perguntas certas, seguidas de execução disciplinada, podiam gerar resultados concretos.
Ao chegar à UnB, Guerra buscou ambientes que acelerassem seu desenvolvimento. “Eu queria aprender fazendo, e a Empresa Júnior foi onde executei pela primeira vez em escala”, Guerra fala.
Foi nesse período que teve contato com os programas do Na Prática. O que mais marcou ele foi o laboratório do antigo Programa de Alta Performance.
No laboratório, Guerra formulou um objetivo que parecia improvável: trabalhar com energia na ONU.
“Eu comecei a falar ‘eu vou trabalhar na ONU’. E falei tanto que a oportunidade apareceu”, ele conta com orgulho.
Meses depois, integrava a delegação brasileira no Viena Energy Forum, discutindo a transição energética ao lado das principais referências do setor.
Foi ali que entendeu que poderia ir além da engenharia acadêmica — e empreender.
De volta ao Brasil, Guerra transformou o aprendizado em ação e criou seu primeiro produto, um medidor inteligente de energia para empresas. “Era como um smartwatch para o consumo. Eu mostrava onde o empresário gastava e como reduzir”, Luiz explica como funciona sua criação.
Mas os clientes foram diretos falando que não queriam que Guerra dissesse o que fazer, mas sim que ele fizesse por eles.
Ele descreve o momento como um novo salto: “Ali caiu a ficha: execução não é entregar o relatório, é resolver o problema”, ele traz.
Essa virada deu origem ao modelo atual da Polus: controle inteligente de câmaras frias para indústrias e distribuidores de alimentos.
Luiz Filipe Guerra, CEO e co-fundador da Polus Brasil
“Colocamos inteligência em equipamentos que ninguém olha, mas que alimentam o país”, explica. Com IA proprietária e um dispositivo simples conectado à controladora, a solução reduz consumo, evita perdas milionárias e aumenta a vida útil dos equipamentos.
Ao longo da trajetória, Guerra diz que o diferencial nunca foi o contexto — e sim o comportamento.
Ele lembra que os programas do Na Prática foram decisivos para moldar essa mentalidade.
“No laboratório de alta performance, eu entendi que para alcançar ambições grandes eu precisava testar mais rápido, errar mais rápido e ajustar mais rápido. Execução é ritmo”, ele relembra.
Esse ritmo aparece em todas as etapas da Polus:
Hoje, a empresa monitora câmaras frias em 18 estados e integra listas globais de inovação.
Para Guerra, curiosidade não é qualidade abstrata, é ferramenta operacional. Ele comenta: “Eu sempre quis entender o porquê. Foi isso que a Amazônia me inspirou a fazer, que me levou para Viena e que fez a Polus existir.”
Guerra resume em uma frase aquilo que aprendeu ao longo da jornada: “Eu comecei ajudando minha família. Hoje ajudo empresas em todo o Brasil. Mas o motor é o mesmo: entender o problema e executar. Todo salto começa aí.”
O Na Prática nasceu com a missão de transformar o potencial de jovens em resultados concretos para suas carreiras e para o Brasil.
O curso Execução de Alta Performance é um dos programas mais completos para quem busca sair da estagnação e crescer com consistência.
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