Redatora
Publicado em 16 de setembro de 2025 às 18h24.
No mundo corporativo, há uma função que vem se tornando cada vez mais vital para a sobrevivência e o crescimento das empresas, cuja remuneração pode chegar a R$ 65 mil por mês, em pacotes que ultrapassam R$ 500 mil anuais.
Estamos falando do líder de FP&A (Financial Planning & Analysis, ou Planejamento e Análise Financeira), área que ganhou protagonismo por ser responsável por transformar dados em insights para orientar a estratégia da companhia.
Se antes esse cargo estava na retaguarda, limitado a relatórios e controles internos, hoje ocupa posição central nas mesas de decisão.
O movimento não aconteceu da noite para o dia. A transformação desse cargo está ligada a um contexto de maior volatilidade econômica, avanços tecnológicos e pressão por resultados em tempo real.
Se, no passado, o papel era garantir que as contas fechassem e que os números chegassem corretos ao conselho, agora ele atua como um estrategista de negócios, capaz de desenhar cenários, projetar impactos e traduzir planilhas em decisões que afetam o futuro da companhia.
Com isso, o que antes era uma função de suporte passou a ser considerado um dos postos mais estratégicos dentro das diretorias financeiras, com influência direta sobre investimentos, expansão, fusões e aquisições.
Segundo dados da Glassdoor, plataforma internacional em que profissionais compartilham de forma anônima salários, pacotes de benefícios e avaliações sobre empresas , a média de remuneração fixa para líderes dessa posição no Brasil varia entre R$ 23 mil e R$ 30 mil por mês.
A faixa já é expressiva, mas o grande diferencial aparece quando entram em cena os bônus, a participação nos lucros e os incentivos de longo prazo, como planos de ações.
Em empresas de grande porte ou multinacionais, principalmente nos polos financeiros e de tecnologia, o total pode facilmente atingir a marca de R$ 60 mil mensais, chegando a ultrapassar R$ 500 mil anuais em alguns casos.
O tamanho da remuneração reflete a complexidade do desafio. Na maioria das vezes, esses executivos acumulam mais de uma década de experiência em finanças, passando por áreas como tesouraria, controladoria e planejamento estratégico antes de assumir posições de liderança.
A natureza da empresa também pesa: companhias globais, com múltiplas linhas de negócio e operações em diferentes países, tendem a oferecer pacotes mais robustos. O setor de atuação faz diferença, tecnologia, energia e serviços financeiros costumam pagar acima da média, enquanto varejo e pequenas empresas ficam em faixas inferiores.
Outro fator decisivo é a proximidade com a cúpula. Reportar diretamente ao CFO ou mesmo ao CEO coloca esse profissional em posição de alta visibilidade, o que se traduz em maior responsabilidade e, consequentemente, em salários mais altos.
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