Tabela financeira: ferramenta pode ser uma diferencial em conversas com o CFO (Freepik)
Redatora
Publicado em 26 de junho de 2025 às 17h29.
Entender de números, saber ler um orçamento e gerenciar despesas são habilidades que não se limitam a quem trabalha no setor financeiro.
Em um mercado que valoriza a tomada de decisão com base em dados, essas competências passaram a ser diferenciais para profissionais de todas as áreas.
Quem domina os custos do seu próprio time, os indicadores do projeto ou o retorno sobre um investimento consegue dialogar melhor com a liderança e ganha relevância em discussões estratégicas.
Mais do que isso: mostra maturidade profissional e visão de negócios. Ter uma boa leitura financeira é um passo essencial para ser ouvido em decisões que envolvem recursos da empresa.
O Chief Financial Officer (CFO), ou diretor financeiro, é o responsável por garantir a saúde financeira da empresa.
Ele analisa custos, receitas, investimentos e riscos, além de estar à frente do planejamento orçamentário. Em empresas menores, pode ser uma função mais operacional. Nas maiores, é uma posição estratégica, que atua diretamente com o CEO.
Ter acesso direto ao CFO nem sempre é comum, mas isso não significa que decisões menores não afetem todas as áreas da empresa.
Quando projetos ou demandas exigem investimento ou envolvem orçamento, é natural que essa liderança seja acionada. E quando esse momento chega, estar preparado faz toda a diferença.
A melhor forma de preparar essa conversa é por meio de uma tabela clara e objetiva. Ela deve conter os dados relevantes para a análise do CFO e permitir uma leitura rápida do cenário financeiro da sua área ou projeto.
É essencial que a tabela contenha uma descrição e o andamento das ações, uma estimativa do valor em comparação ao que realmente foi gasto, uma taxa de variação e uma justificativa para esses custos.
Veja um modelo básico:
Essa tabela pode ser personalizada conforme a natureza do projeto ou da área. O ideal é mantê-la com até cinco linhas principais para facilitar a compreensão da liderança financeira.
O importante é que os dados estejam organizados e tenham contexto. Mostrar apenas o número não basta. É preciso apontar o motivo da variação, o impacto nos resultados e, se possível, as ações tomadas. Isso transmite domínio do tema e reduz dúvidas por parte do CFO.
Apresentar dados de forma estruturada é uma demonstração de responsabilidade com os recursos da empresa. A tabela não é só um resumo financeiro: ela é uma ferramenta de comunicação entre áreas técnicas e a liderança.
Ao entregar uma visão objetiva do cenário, você economiza tempo de explicação, dá mais confiança ao CFO e cria pontes para novas oportunidades dentro da empresa. Mostrar que você entende como as decisões impactam os números é um passo estratégico para crescer profissionalmente.
Habilidades em finanças corporativas são cada vez mais valorizadas em qualquer carreira. Ter repertório para dialogar com um CFO não é apenas saber o que dizer, mas também como mostrar. E, nesse ponto, uma tabela bem feita fala por você.
Dominar os fundamentos da saúde financeira deixou de ser tarefa exclusiva de contadores ou CFOs. Empreendedores de qualquer porte e setor precisam ter controle total sobre os números do negócio — e isso exige desenvolver hábitos como os apresentados.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.