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Cinco cargos têm salário de R$ 100 mil por mês no Brasil; veja quais

Estudo mostra concentração de altos salários em funções estratégicas e alta liderança

Salário: cinco cargos pagam as maiores remunerações do Brasil (Dreamstime/Reprodução)

Salário: cinco cargos pagam as maiores remunerações do Brasil (Dreamstime/Reprodução)

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 06h30.

O salário fixo mais alto pago no Brasil em 2025 chega a R$ 100 mil mensais, segundo o Guia Salarial 2026 da consultoria Michael Page. O valor aparece em cinco cargos de alta liderança, concentrados principalmente no setor da saúde e no varejo.

Quatro das posições com maior remuneração estão ligadas ao segmento de saúde. Recebem R$ 100 mil por mês profissionais que atuam como superintendente ou diretor médico em empresas do setor, líderes de unidades de negócios em companhias de dispositivos médicos e gestores de unidades de negócios na indústria farmacêutica.

No varejo, o maior salário é encontrado no cargo de gerente geral de operações, função para a gestão de múltiplas lojas e resultados estratégicos.

Áreas com remunerações mais altas

Além da saúde e do varejo, o levantamento indica que setores como vendas, bancos, tecnologia da informação também aparecem entre os que oferecem salários mais elevados. O estudo analisou 548 cargos em 15 áreas, entre elas agronegócio, energia, engenharia, finanças, seguros, supply chain, recursos humanos, marketing e varejo.

A pesquisa considera apenas remuneração fixa, sem incluir bônus ou pagamentos variáveis, que podem elevar ainda mais os ganhos dessas posições.

Cautela em 2026

As organizações tendem a adotar uma postura mais conservadora no próximo ano. De acordo com o estudo, 45% das empresas não pretendem conceder aumentos além dos reajustes obrigatórios.

Entre os trabalhadores, 59% afirmam não ter recebido qualquer aumento no último ano, o que reforça a defasagem entre as expectativas e a política salarial das companhias. Apenas 28% dos profissionais dizem ter acesso efetivo a programas de capacitação, enquanto 60% das empresas afirmam oferecer iniciativas de desenvolvimento.

Dificuldades na contratação

Além disso, a pesquisa aponta que os desafios de contratação permanecem intensos. Entre as empresas entrevistadas, 73% relatam dificuldades para preencher vagas devido à falta de profissionais qualificados.

As principais razões para esse cenário são:

  • alta rotatividade e pouco engajamento (61%);
  • expectativas salariais acima do orçamento disponível (58%).

Com isso, o estudo destaca que a demanda por profissionais especializados pressiona salários e aumenta a disputa por talentos, o que reforça a necessidade de políticas de retenção mais robustas.

Modelos de trabalho

O levantamento também avaliou as formas de trabalho mais adotadas pelas empresas. O regime presencial integral voltou a crescer e passou a ser utilizado por 42% das companhias, ante 36% no estudo anterior.

O modelo híbrido segue relevante, mas perdeu espaço entre as empresas, caindo de 50% para 44%. Entre os profissionais, houve movimento inverso: a preferência pelo formato híbrido subiu de 37% para 40%.

Segundo o estudo, pacotes de benefícios mais completos — com foco em saúde, alimentação e desenvolvimento profissional — têm ganhado peso semelhante ao da remuneração na decisão dos candidatos.

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