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Trabalhar em modelo presencial gera 12% menos engajamento em comparação ao híbrido, aponta pesquisa

Estudo Engaja S/A aponta que o modelo híbrido de trabalho aumenta a satisfação com o ambiente de trabalho e o desenvolvimento dentro das empresas

"O modelo híbrido equilibra flexibilidade e conexão entre as pessoas", diz diretora de Recursos Humanos (vm/Getty Images)

"O modelo híbrido equilibra flexibilidade e conexão entre as pessoas", diz diretora de Recursos Humanos (vm/Getty Images)

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Publicado em 8 de agosto de 2025 às 13h00.

Dados da 2ª edição do Engaja S/A, estudo conduzido pela Flash em parceria com a FGV-EAESP e o Grupo Talenses, mostram que houve um aumento de 11% no engajamento dos trabalhadores brasileiros no modelo de trabalho híbrido em 2024

O nível de satisfação ultrapassa o dos trabalhadores no modelo remoto e também do trabalho presencial. O estudo, de 2024, ouviu 2.733 trabalhadores de todas as regiões do país.

A mudança aponta para um novo comportamento no mercado de trabalho

Antes, a autonomia do trabalho remoto era o principal motivo da sua popularidade. Agora, a interação social e o fortalecimento da cultura organizacional, proporcionados pela presença no escritório, também se tornaram importantes. A combinação dos dois impulsiona a preferência pelo híbrido

"O modelo híbrido equilibra flexibilidade e conexão entre as pessoas, permitindo a troca de ideias e o cultivo de relacionamentos, sem abrir mão da autonomia e do bem-estar", avalia Isadora Gabriel, CHRO da Flash.

Trabalho presencial continua caindo em popularidade

Enquanto o modelo híbrido ganha força, o trabalho presencial continua sendo o que menos engaja os trabalhadores brasileiros, com 42% deles engajados, uma diferença de 12 pontos percentuais em comparação com o trabalho híbrido

Segundo o estudo, os trabalhadores que atuam neste modelo estão mais desengajados na dimensão de Significado do Trabalho, que reúne atributos como falta de tempo para projetos pessoais, impacto, autonomia, empoderamento de equipes e identificação com as suas funções.

Por outro lado, os trabalhadores que atuam no modelo remoto registraram a maior queda (8%) de engajamento na dimensão Ambiente de Trabalho Positivo, que reúne atributos como flexibilidade (geográfica e/ou temporal), qualidade de vida, reconhecimento, diversidade & inclusão, relacionamentos, camaradagem, apoio à saúde mental, entre outras.

“Enquanto  os trabalhadores que atuam no regime presencial parecem estar mais sobrecarregados e desconectados da cultura da empresa, os que atuam no modelo remoto estão mais desengajados com aspectos como relacionamentos, inclusão, qualidade de vida e apoio à saúde mental”, indica Isadora.

O que está por trás da preferência pelo modelo híbrido?

O aumento no engajamento dos colaboradores que atuam no modelo de trabalho híbrido pode estar diretamente ligado à busca por mais conexão com os colegas de trabalho e com a sua liderança. 

Segundo o Engaja S/A, os trabalhadores que atuam no modelo híbrido apresentaram maior engajamento na dimensão de Confiança na Liderança que chegou a um patamar expressivo neste modelo, passando de 51% para 62%, seguida pelo modelo remoto, que cresceu de 47% para 58%. Trata-se da dimensão que mais move o ponteiro do engajamento no Brasil, de acordo com o estudo.

Os profissionais que atuam no modelo híbrido de trabalho também são os mais engajados com a dimensão Ambiente de Trabalho positivo (61%, mesmo patamar que 2023), juntamente com os trabalhadores do modelo remoto (59%, com queda de 8% em relação ao ano anterior). 

"A interação presencial tem impacto direto no senso de pertencimento e na eficiência da comunicação. Muitos profissionais passaram a perceber os benefícios dessa proximidade com suas equipes. As empresas que estruturam bem suas políticas de trabalho flexível estão conseguindo extrair o melhor dos dois mundos”, conclui Isadora.

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