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RH: 3 requisitos para subir de nível com gamificação

Com mercado projetado para crescer mais de 800% até 2034, estratégia impulsiona resultados e fortalece a cultura organizacional

Gamificação ativa mecanismos de dopamina do cérebro  (skynesher/Getty Images)

Gamificação ativa mecanismos de dopamina do cérebro (skynesher/Getty Images)

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Publicado em 13 de junho de 2025 às 13h00.

Com projeção de crescimento de US$20,8 bilhões em 2025 para quase US$191 bilhões até 2034, o mercado global de gamificação está em crescente expansão. Os dados, de levantamento da Future Market Insights, não passam despercebidos pelas empresas brasileiras, que têm enxergado na estratégia uma aposta poderosa para transformar a relação dos colaboradores com o trabalho. 

A técnica de gamificação é eficiente graças à sensação de recompensa intrínseca aos jogos digitais. Ao aplicar elementos típicos dos games, como pontuações, recompensas tangíveis, desafios e feedbacks no dia a dia corporativo, organizações têm conseguido estimular engajar mais suas equipes, acelerar o desenvolvimento de competências e impulsionar resultados de forma sustentável.

Pode parecer tendência passageira, mas tudo indica que a gamificação tem se consolidado como uma ferramenta de gestão capaz de ativar a motivação intrínseca dos profissionais. 

“A lógica é simples: quando você transforma o trabalho em um desafio, uma missão, ele deixa de ser apenas uma obrigação e passa a ativar o sistema de recompensa do cérebro. O colaborador se sente motivado a continuar, e não apenas a cumprir tarefas”, explica Nara Iachan, CMO e cofundadora da Loyalme, startup que nasceu dentro da Cuponeria para oferecer soluções de fidelização.

Convidamos a especialista a destacar 3 pilares fundamentais para a aplicação da gamificação como ferramenta de engajamento e fidelização de times:

1. Planejamento estratégico é a base de tudo

A eficácia da gamificação depende de um bom planejamento. “Não basta aplicar uma lógica de pontos ou distribuir brindes. É preciso entender o perfil da equipe, definir metas claras e acompanhar os resultados de perto. Gamificação é, antes de tudo, criar um ambiente onde as pessoas se sintam desafiadas, reconhecidas e valorizadas”, destaca Nara.

2. Cultura, motivação e pertencimento não devem ficar de fora

Nas empresas que adotam a gamificação como estratégia, os resultados vão além da produtividade. A presença de metas viáveis, feedbacks constantes e reconhecimento frequente reforça o senso de pertencimento e cria um clima organizacional mais equilibrado. Em vez da pressão para realização de tarefas mecânicas e alto desempenho, surge o incentivo ao progresso com propósito.

“A gamificação pode e deve ser usada para promover mais do que resultados. Ela ajuda a construir cultura, fortalece vínculos e desenvolve habilidades importantes como liderança, trabalho em equipe e criatividade. É possível trabalhar, por exemplo, trilhas de conhecimento e premiações por comportamento alinhado aos valores da empresa. Tudo isso de forma leve, mas estratégica”, afirma a executiva.

3. Engajamento saudável depende de equilíbrio entre competição e colaboração

Para funcionar de maneira eficaz, a gamificação precisa de equilíbrio entre competição e colaboração. Um sistema excessivamente competitivo pode gerar tensão e desgaste, enquanto uma abordagem mais colaborativa tende a fortalecer o engajamento coletivo. Por isso, o acompanhamento contínuo e o ajuste com base no feedback dos colaboradores são pontos-chave.

Para Nara Iachan, a gamificação se apresenta como um recurso moderno, eficaz e acessível para manter as equipes conectadas, motivadas e orientadas a resultados, em que performance, reconhecimento e bem-estar caminham juntos. 

“Quando bem utilizada, a gamificação é uma ponte entre resultado e satisfação. Empresas que entendem isso estão construindo ambientes corporativos inovadores e humanos”, conclui.

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