Em um mercado onde escala e eficiência definem os líderes, os seguros emergem como peça fundamental na construção do varejo do futuro (William Potter/Getty Images)
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Publicado em 30 de maio de 2025 às 15h00.
Por Tatiany Martins*
O varejo vive uma era de convergência, onde os modelos tradicionais e digitais não apenas competem, mas também se inspiram mutuamente. A pesquisa "O Futuro do Varejo: A Era da Convergência", publicada na Bain & Company, reforça que, até 2030, metade dos lucros do setor virá de atividades "além do comércio", como serviços complementares, monetização de dados e parcerias B2B.
Nesse cenário, os varejistas precisam ir além da simples venda de produtos para garantir crescimento sustentável, e a oferta de seguros surge como uma oportunidade estratégica para transformar a relação com clientes empresariais enquanto gera receita adicional.
Os números mostram que essa mudança já está em curso. Grandes players como Amazon e Alibaba já demonstraram como ecossistemas diversificados podem impulsionar resultados, usando desde estruturas de logística até plataformas de publicidade para criar novas fontes de receita. Para os varejistas tradicionais, a venda de seguros representa mais do que um produto adicional - é uma forma inteligente de fortalecer o relacionamento com clientes B2B. Ao integrar seguros em seu portfólio, seja para proteção de equipamentos, garantias estendidas ou riscos operacionais, eles não apenas aumentam o ticket médio como criam um fluxo recorrente de receita por meio de renovações e comissões, algo especialmente valioso em um momento onde as margens tradicionais estão sob pressão.
Assim, a chave para o sucesso está na integração perfeita ao modelo omnichannel. Lojas físicas podem oferecer consultoria personalizada, enquanto plataformas digitais facilitam a contratação ágil com cotações instantâneas. Os próprios dados de consumo, quando bem aproveitados, permitem recomendar seguros sob medida, alinhados ao perfil de cada cliente empresarial. E o melhor: parcerias estratégicas com seguradoras especializadas podem acelerar essa jornada, reduzindo a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura própria.
Portanto, em um mercado onde escala e eficiência definem os líderes, os seguros emergem como peça fundamental na construção do varejo do futuro. Mais do que um serviço complementar, eles representam a ponte natural para um novo paradigma onde a convergência entre produtos e serviços será inevitável. Os varejistas que souberem agir agora, combinando seu conhecimento do cliente com agilidade na implementação, não apenas acompanharão a transformação como poderão liderá-la.
*Tatiany Martins é vice-presidente da Pitzi, insurtech do segmento de proteção e seguro para celulares no Brasil.
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