A cobertura de despesas essenciais, como alimentação e transporte, é prioridade para 30,8% (Noel Hendrickson/Thinkstock)
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Publicado em 20 de outubro de 2025 às 07h00.
1 em cada 4 brasileiros não recebe nenhum benefício. 1 em cada 3 não está satisfeito com os que tem e mais de 60% deles os consideram fator determinante para contratação. No país com a maior taxa de rotatividade do mundo, a comparação entre esses dados é preocupante.
A pesquisa, realizada pela fintech Ecx Pay em parceria com a Opinion Box, revelou insights que podem ajudar as empresas brasileiras reduzir o turnover investindo no grande interesse do trabalhador brasileiro pela segurança gerada por benefícios corporativos
De forma geral, o estudo revela que as principais prioridades demandadas em benefícios corporativos são:
“Cresce também a importância de itens ligados ao bem-estar e à qualidade de vida. Isso mostra que, em um cenário empresarial competitivo, os benefícios corporativos podem ser o maior diferencial na retenção e atração de talentos”, destaca João Innecco, cofundador da Ecx Pay.
74,65% das classes A/B afirmam que os benefícios influenciam suas decisões de carreira, contra 58,28% entre C/D/E.
A divisão dos respondentes entre faixas etárias revela perfis bem distintos de percepção, uso e expectativa. Jovens de até 24 anos são os que mais valorizam flexibilidade e autonomia:
Entre os mais velhos, saúde e bem-estar também se tornam prioridade, com 32,65% apontando essa categoria como a mais importante, ante os 20,2% dos mais jovens.
“Esses dados permitem identificar que conforme a idade aumenta, mais as pessoas enxergam o pacote de benefícios como algo decisivo numa proposta de emprego”, diz Innecco.
Hoje, 22,9% dos entrevistados já utilizaram o benefício da antecipação salarial, e 25,8% gostariam de ter essa possibilidade, mesmo sem nunca terem usado. Ou seja, 48,7% da força de trabalho valoriza ou precisa de acesso a esse recurso.
Do ponto de vista socioeconômico, a classe C/D/E lidera o uso (29,4%) e o desejo de acesso (27,76%), quase o dobro do índice de interesse registrado nas classes A/B (14,08%).
“Essa diferença de acesso escancara a necessidade de democratização de soluções modernas, especialmente para as camadas mais vulneráveis do mercado formal”, conclui Pedro Wanderley, CRO da Ecx Pay.