(Getty Images/Getty Images)
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Publicado em 11 de setembro de 2025 às 10h00.
Por Roger Finger*
Velocidade muda tudo, enquanto consistência vence. Nano Banana, nova ferramenta de inteligência artificial para edição de imagens, coloca a criatividade visual em outro patamar ao permitir edição profunda e fiel com comandos em linguagem natural. A integração a plataformas como Gemini e Google AI Studio já vale para milhões de usuários.
A Nano Banana ultrapassa a noção de “mais uma ferramenta de edição” e inaugura um paradigma de criatividade operacional. Melhor dizer criatividade com método. A criação deixa de esbarrar em fricções técnicas e passa a depender de escolhas de direção de arte, linguagem e estratégia. O que muda o jogo é a soma de três pilares: entendimento avançado da linguagem natural, manutenção rigorosa de semelhança e velocidade industrial com controles de segurança.
O novo editor de imagens preserva a aparência de pessoas, animais de estimação ou ambientes ao longo de séries inteiras de fotos. Trocar cenário, roupa, iluminação e textura passa a manter o padrão de traços, mesmo com variações de contexto. Cada foto gerada traz marca d’água visível e a identificação invisível SynthID para transparência de origem em IA, o que cria um protocolo mínimo de confiança para campanhas, e-commerce e peças de mídia social distribuídas em escala.
Times de marketing, comunicação, publicidade e design já têm registrado ganhos pragmáticos com inteligência artificial generativa. O relatório AI & Digital Trends 2025 mostra que 53% dos profissionais apontam melhoria significativa na eficiência das próprias equipes e 50% com ideação e produção mais rápidas.
O mesmo estudo indica planos de investimento robustos: 80% pretendem ampliar gastos em nova tecnologia, 79% em dados e analytics e 78% em mídia digital. Para líderes que precisam dobrar o output sem perder identidade de marca, a combinação de edição por texto, consistência de personagens e estilos transferíveis cria uma linha de montagem criativa mais ágil e menos sujeita a retrabalho.
Há outro vetor que empurra essa decisão para o agora. Orçamentos de marketing continuam, em média, 7,7% da receita de empresas, estáveis e apertados, segundo o CMO Spend Survey 2025. O recado é óbvio. Ganho de produtividade sai da categoria “vantagem” e entra como requisito para viabilizar a estratégia de marca com o caixa disponível. Produzir mais, com maior quantidade de variações e em menos ciclos de aprovação, passa a valer como moeda de efetividade.
A McKinsey relata que apenas 1% dos líderes classifica a implantação de IA como madura, enquanto 92% das empresas planejam ampliar investimento nos próximos três anos. O abismo entre intenção e execução pede ferramenta capaz de caber no fluxo real de trabalho. A Nano Banana encaixa porque remove fricção técnica e entrega retorno visível em horas com governança de marca d’água e trilha para auditoria interna, sem exigir refazer o pipeline inteiro de criação.
Eis o ponto estratégico. A revolução não mora só na velocidade. Reside na capacidade de manter consistência visual do primeiro ao último ativo de uma campanha. Identidade coerente sustenta consciência de marca, memorabilidade e desempenho. O mesmo personagem atravessa o carrossel do Instagram, o anúncio em vídeo curto, a vitrine do e-commerce e o OOH digital da semana seguinte. A equipe envia comandos de IA claros, aplica um estilo predominante e preserva a coerência que faz o consumidor reconhecer a marca em milissegundos. Com controle de marca d’água visível e invisível, a comunicação preserva rastreabilidade e reduz risco reputacional em ambientes de mídia mais sensíveis, como saúde, finanças e educação.
Times de social criam séries temáticas com a mesma pessoa em dezenas de variações de figurino e cenário em um único turno. E-commerce de moda e beleza simula composições e looks com fidelidade de traços e iluminação. Times de criação desenham storyboards para vídeo curto que mantêm os personagens, o que acelera o piloto para campanhas audiovisuais. Times de branding geram guias visuais vivos com estilos transferíveis entre linhas de produto, além de deslocarem planejamento de semanas para dias e de dias para horas.
Ferramentas assim correm o risco de induzir homogeneização estética quando times copiam referências sem curadoria. Direção de arte rigorosa e referências culturais próprias garantem frescor e relevância local. Direitos de imagem exigem política clara. A síntese de pessoas públicas e conteúdos sensíveis requer governança e política editorial. A presença de SynthID nas imagens geradas por IA cria base de transparência. O mecanismo de marcação invisível, em que a marca d’água permanece detectável mesmo após compressões e filtros comuns de publicação, aumenta a transparência e confiança.
A Nano Banana institui padrão de consistência com linguagem natural, acelera testes de conceito e viabiliza personalização em escala com rastreabilidade. O contexto orçamentário das áreas criativas pressiona produtividade enquanto os dados de eficiência e investimento validam a escolha. Quem prioriza método, curadoria e ética amplia vantagem competitiva. A criatividade volta ao centro com mais mãos livres para pensar em ideias, história e cultura visual. O ferramental certo muda o destino da criatividade e a Nano Banana, com inteligência artificial e consistência visual qualificada, já ocupa definitivamente esse lugar.
*Roger Finger é head de Inovação Tecnológica da Positivo Tecnologia.