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Por que a energia de reserva tem se tornado um diferencial competitivo para múltiplos setores?

Mudanças climáticas, instabilidade no fornecimento energético e o avanço tecnológico impulsionam o setor de geração e de armazenamento complementar de energia no país

apagão | queda de energia | falta de energia (Getty Images)

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Publicado em 10 de novembro de 2025 às 07h00.

O uso de soluções de energia de reserva ou “backup”, como geradores e sistemas de baterias - antes visto como um luxo, tornou-se uma exigência operacional e que vem crescendo de forma acelerada no Brasil. 

Segundo o Estudo Estratégico de Armazenamento de Energia, produzido pela Greener em 2024, o mercado brasileiro adicionou 269 MWh de capacidade de armazenamento junto ao consumidor, aumento de quase 30% em relação a 2023.

No total, o país hoje soma 685 MWh instalados, e o investimento previsto pelas empresas do setor até 2030 ultrapassa R$ 22,5 bilhões, podendo dobrar caso o ambiente regulatório avance.

Por que a energia de reserva está se tornando popular?

A combinação de eventos climáticos mais severos, falhas de fornecimento e o barateamento das tecnologias de armazenamento tem levado empresas e consumidores a buscarem mais segurança e previsibilidade no fornecimento energético, visando manter a disponibilidade e os serviços operantes.

O mercado está migrando de uma postura reativa de emergência pós-falha para uma gestão proativa de planejamento de energia

Então, integrar sistemas de reserva ou “backup” permite que empresas e grandes condomínios, por exemplo, risco de interrupção dos serviços em um ativo de eficiência.

Isso porque os motores geradores são tradicionalmente movidos a diesel e frequentemente possuem sistemas de baterias de alta performance, que também otimizam a demanda contratada e reduzem custos fixos com energia em até 30% em operações, como as industriais e hospitalares.

A sustentabilidade garante a competitividade dos negócios em um cenário elétrico de instabilidade recorrente.

“A modalidade deixou de ser apenas uma solução emergencial e passou a integrar o planejamento estratégico das empresas, sinônimo de continuidade, proteção de receita e eficiência operacional”, explica Cristiane Izzo, gerente de vendas Retail da Sotreq.

O futuro do setor está diretamente ligado à sustentabilidade 

“Os novos equipamentos, especialmente os modelos híbridos e à gás, oferecem menor impacto ambiental e mais previsibilidade de custos. É um caminho sem volta para quem busca eficiência energética com responsabilidade”, completa a gestora.

A tendência se repete globalmente: segundo site da Global Growth Insights, o mercado de geradores de emergência, avaliado em US$ 3,9 bilhões em 2024, deve chegar a US$ 7,2 bilhões até 2033. 

No Brasil, o crescimento se dá também pela expansão dos sistemas híbridos, que combinam geradores, energia solar e baterias, ampliando a autonomia e reduzindo emissões.

Mesmo com desafios — como o custo inicial e a regulação em desenvolvimento — Cristiane (da Sotreq) avalia que o segmento deve seguir em alta. 

A maior digitalização, o crescimento de data centers e o avanço da geração distribuída impulsionam o uso de energia de backup.

 

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