Os dados servirão de base para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de conscientização ambiental (Sally Anscombe/Getty Images)
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Publicado em 29 de julho de 2025 às 07h00.
Oito em cada dez brasileiros, 81%, afirmam evitar o desperdício e a geração de lixo. 75% declaram separar materiais para reciclagem ou morar com quem o faz. Os dados inéditos são da pesquisa da Nexus, feita em parceria com o Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast).
O levantamento realizado em todo o país investigou as principais preocupações ambientais dos brasileiros, seus hábitos relacionados à sustentabilidade e à reciclagem, além de entender a percepção da população em relação ao plástico.
A pesquisa revelou forte engajamento dos brasileiros contra o desperdício:
Quando se fala das principais barreiras para a adoção de hábitos mais sustentáveis, o brasileiro enfrenta
“Esses dados sublinham o função crucial da informação e de campanhas de conscientização na promoção de mudanças comportamentais em relação à sustentabilidade”, diz José Ricardo Roriz Coelho, presidente do Sindiplast.
Apesar dos desafios, 93% dos brasileiros compartilham de um consenso senso comum, cientes do impacto do descarte inadequado de embalagens plásticas.
A utilidade do plástico na preservação da qualidade dos alimentos, evitando o desperdício, também é reconhecida pela maior parte da população, com 50% concordando total ou parcialmente com essa afirmação.
61% dos entrevistados aceitam a ideia de que é “impossível evitar o uso de embalagens plásticas porque fazem parte do cotidiano”, indicando uma alta percepção de dependência desse material no dia a dia.
90% dos entrevistados priorizam o plástico na hora da separação. O uso do material no dia a dia dos brasileiros é considerado importante por 48% dos entrevistados, refletindo sua praticidade e utilidade.
Quando o assunto é conhecimento sobre o plástico, apenas 6% dos entrevistados demonstraram alto grau de compreensão, enquanto 50% possuem compreensão intermediária e, 43%, baixa compreensão.
“Isso aponta para a necessidade de maior informação e conscientização sobre o tema, visto que esse é um dos materiais com um dos maiores índices de potencial de reciclagem”, comenta Paulo Teixeira, diretor-superintendente do Sindiplast.
Os brasileiros entrevistados apontam que a principal barreira para a reciclagem de embalagens plásticas é a falta de coleta seletiva nas regiões onde moram, mencionada por 35%.
Segundo a pesquisa, a prefeitura da cidade – 79%. No entanto, a população também é responsabilizada (47%), assim como o governo estadual (27%). Os dados sugerem que a responsabilidade pela coleta de embalagens plásticas é predominantemente local.
Para Teixeira, ainda existem desafios significativos em relação ao conhecimento sobre o plástico, à tecnologia e à consistência na adoção de hábitos de reciclagem.
“Os dados servirão de base para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de conscientização ambiental, bem como para o aprimoramento de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas para a promoção da sustentabilidade e da economia circular do plástico”, completa o executivo.
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