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7 mitos e verdades sobre o uso da inteligência artificial na saúde em 2025

Especialista da Neuralmed esclarece como a IA impacta médicos e pacientes no Brasil

 (Marcos Santos/USP Imagens)

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Publicado em 2 de setembro de 2025 às 07h00.

A inteligência artificial (IA) já é usada no Brasil para acelerar diagnósticos, prever riscos de agravamento e até reduzir filas no SUS, como apontam diversas publicações do IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers), organização técnica dedicada ao avanço da tecnologia para o benefício da humanidade. Ainda assim, muitas dúvidas circulam entre pacientes e profissionais: afinal, a tecnologia é realmente é confiável?

Para esclarecer esses e alguns outros questionamentos, o Dr. Guilherme Crespo, médico e líder de transformação digital na Neuralmed, empresa brasileira que transforma dados clínicos estruturados e não estruturados em decisões que salvam vidas e geram eficiência operacional, listou alguns dos principais mitos e verdades sobre o impacto da IA na saúde em 2025.

Para Crespo, a IA deve ser vista como um recurso que complementa a atuação médica, e não como sua substituta. Quando aplicada de forma ética e responsável, a tecnologia ajuda a evitar exames desnecessários e antecipar a evolução clínica, liberando mais tempo para que os profissionais se dediquem ao cuidado integral do paciente e à melhoria do sistema de saúde.

Confira 7 mitos e verdades sobre o uso da inteligência artificial na saúde em 2025:

1. A IA vai substituir o médico

Mito. A IA funciona como apoio, não como substituto. O médico continua sendo responsável pelas decisões clínicas e pela relação com o paciente. O Conselho Federal de Medicina discute, em 2025, diretrizes específicas para garantir o uso ético e seguro da tecnologia.

2. A inteligência artificial ajuda a reduzir filas de espera

Verdade. Hospitais que usam sistemas inteligentes de regulação já conseguem priorizar pacientes mais graves e acelerar encaminhamentos. Uma pesquisa de fevereiro de 2025 mostrou que 60% dos brasileiros reclamam da demora para consultas com especialistas — um dos gargalos que a IA pode ajudar a reduzir.

3. A IA é insegura para o cuidado com pacientes

Mito. A tecnologia é desenvolvida para apoiar médicos e equipes, nunca para substituí-los. Assim como qualquer tecnologia da área de saúde, a IA exige protocolos de segurança e acompanhamento humano. Quando usada sob supervisão de equipes treinadas, os sistemas reduzem riscos e ampliam a precisão.

Algumas publicações da BMC Medical Informatics and Decision Making, um periódico bastante relevante para o segmento, mostram que algoritmos de alerta precoce conseguem identificar deterioração clínica horas antes dos sinais evidentes, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes, sempre com foco na segurança do paciente.

4. A inteligência artificial ajuda a evitar exames desnecessários

Verdade. A integração de dados pela Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) evita repetições e reduz desperdícios. A partir de outubro de 2025, exames e históricos da saúde suplementar passarão a ser integrados ao SUS, trazendo continuidade ao cuidado e mais eficiência para todo o sistema.

5. A tecnologia torna o atendimento mais frio e distante

Mito. A automação de tarefas administrativas, como preenchimento de prontuários e elaboração de resumos de alta, libera o médico para se dedicar diretamente ao paciente. No Reino Unido, experiências com IA diminuíram significativamente o tempo de internação ao agilizar as altas, beneficiando profissionais e pacientes.

6. A IA já é usada em radiologia para priorizar casos graves

Verdade. Em hospitais brasileiros, sistemas identificam alterações críticas em exames de raios‑X de tórax, como pneumotórax, e sinalizam prioridade na leitura. A tecnologia não substitui o radiologista, mas assegura que pacientes em risco sejam atendidos primeiro.

7. Os dados de saúde do paciente não estão protegidos quando usados por IA

Mito. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) colocaram informações de saúde no foco da agenda regulatória 2025–2026. Isso garante regras claras para armazenamento, finalidade e segurança no tratamento de dados sensíveis.

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