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Trama golpista: STF analisa denúncia contra militares suspeitos de planejar sequestro de Moraes

Primeira Turma da Corte julga acusação contra grupo formado por 11 membros das Forças Armadas e um policial federal

Agência o Globo
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Publicado em 20 de maio de 2025 às 06h48.

Última atualização em 20 de maio de 2025 às 06h48.

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quinta-feira a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra mais 12 pessoas suspeitas de participarem de uma tentativa de golpe de Estado.

Fazem parte desse grupo, o chamado "núcleo 3", 11 militares e um policial federal. Eles teriam atuado em "ações coercitivas", incluindo um plano de sequestro do ministro Alexandre de Moraes.

Acusações e personagens centrais

O STF já tornou réus outros 21 acusados de participarem da trama golpista, integrantes de outros três núcleos da suposta organização criminosa. Com o julgamento desta terça, só faltará analisar a denúncia contra uma pessoa, o economista Paulo Figueiredo Filho, que mora nos Estados Unidos.

Entre os que terão a denúncia analisada nesta terça está o general da reserva Estevam Theophilo, que era comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter). Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ele "aceitou coordenar o emprego das forças terrestres conforme as diretrizes do grupo".

Monitoramento e declarações extremas

Outro alvo é o policial federal Wladimir Soares. Na semana passada, a Polícia Federal (PF) apresentou ao STF áudios nos quais Soares afirma que estava "preparado para prender" Moraes, que iria "matar meio mundo de gente" e que "não ia ter" a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa de Soares chegou a pedir o adiamento do julgamento, mas Moraes, que é o relator, rejeitou o pedido, alegando que os áudios não fazem parte da denúncia que será analisada.

Segundo a PGR, Soares e os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo "lideraram ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas". Esse grupo teria sido responsável pelo plano chamado de Copa 2022, de monitoramento do ministro do STF.

Pressões ao Alto Comando do Exército

Outros sete militares foram acusados de "promoverem ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe". São eles: Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Junior. O grupo teria pressionado o Alto Comando do Exército a aderir ao plano golpista.

Em resposta apresentada à denúncia, todos os acusados rejeitaram as acusações.

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