Brasil

Temer diz que protestos são "pequenos e depredadores"

Na China, o presidente disse que as manifestações contra o impeachment são promovidas por "40 pessoas que quebram carro"


	Michel Temer: Na China, presidente disse que manifestações não comprometem o início do seu governo
 (REUTERS/Aly Song)

Michel Temer: Na China, presidente disse que manifestações não comprometem o início do seu governo (REUTERS/Aly Song)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2016 às 18h19.

O presidente Michel Temer classificou como "pequenos e depredadores" os protestos que ocorreram nos últimos dias, contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em algumas cidades brasileiras. De acordo com ele,  as manifestações são reações naturais, diante do momento "politicamente complicado", mas não comprometem o início do governo porque são promovidas por "40 pessoas que quebram carro".

Temer está desde ontem na China, onde presenciou encontro com investidores estrangeiros e vai participar da Cúpula de Líderes do G-20 (grupo das 20 maiores economias do planeta). Neste sábado, ele se encontrou com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o brasileiro Roberto Azevêdo.

"É natural que alguns grupos se reúnam para protestar. Agora, foram grupos pequenos e depredadores. Não foi uma manifestação democrática. Uma manifestação democrática é aquela que eventualmente pode sair às ruas e pregar uma ideia", disse.

Protestos contra o governo

Ao ser perguntado se considera que os protestos podem comprometer o início do seu governo, ele respondeu: "As 40 pessoas que quebram carro? Tem que perguntar para os 204 milhões de brasileiros e para os membros do Congresso Nacional".

Na avaliação do presidente, depredações não estão previstas na "ordem normativa". Ele disse ser natural a ocorrência de manifestações. "Até me surpreenderia se houvesse unanimidade, e a unanimidade não é inteligente. Eu gostaria que você me fizesse essa pergunta [sobre a popularidade] daqui a dois anos. Muitas vezes há também um desconhecimento", disse.

"Não há uma norma legal que autorize a depredação. O que está acontecendo lá são movimentos depredatórios", afirmou, complementando que, apesar dos apelos que tem feito nos últimos meses por um governo de união nacional, "pacificar logo no primeiro dia é absolutamente impossível".

Temer também concedeu entrevista a jornalistas chineses na cidade de Hangzhou, onde participará nos próximos dias da 11ª Cúpula do G20. Ontem (4), ele teve um encontro bilateral com o presidente da China, Xi Jinping.

Desde a última quarta-feira (31), quando os senadores condenaram Dilma por crime de responsabilidade, Temer foi alvo de protestos em Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador. Em São Paulo, manifestantes também têm ido às ruas contra a violência policial após uma estudante ter sido atingida no olho.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilImpeachmentMichel TemerMDB – Movimento Democrático BrasileiroProtestos

Mais de Brasil

Explosão provoca destruição em imóveis e deixa feridos na Zona Leste de SP

Chuva forte e novos temporais são esperados para fim de semana no Paraná

Lula cobra empenho de ministros na aprovação de projetos para segurança

Barroso lista três 'virtudes' que espera de seu substituto no STF