Brasil

TCU aprova readequação de contratos da Petrobras

O órgão identificou irregularidades no total de R$ 367,8 milhões em quatro contratos vigentes até maio de 2015


	Petrobras: estatal pagou cerca de R$ 243 mi do montante de irregularidades identificadas
 (André Valentim/EXAME.com)

Petrobras: estatal pagou cerca de R$ 243 mi do montante de irregularidades identificadas (André Valentim/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 17h09.

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira, 24, por unanimidade, o acórdão de auditoria realizada em contratos mantidos pela Petrobras com construtoras para as obras da Refinaria Abreu e Lima.

O órgão identificou irregularidades no total de R$ 367,8 milhões em quatro contratos vigentes até maio de 2015.

A estatal já pagou cerca de R$ 243 milhões desse montante e outros R$ 125 milhões seriam pagos até o final da obra.

Inicialmente, o ministro-relator, José Jorge, havia divulgado que o valor de R$ 367,8 milhões era relativo a contratos vigentes até abril de 2014, mas corrigiu a informação, afirmando que o montante se refere a contratos vigentes até maio de 2015.

A irregularidade foi identificada nos contratos de construção da unidade de coqueamento retardado, da unidade de hidrotratamento de diesel, da unidade de destilação atmosférica e das tubovias de interligação.

Esses contratos foram alvos de reajustes contratuais acima da variação real de produção do custo de produção, segundo o TCU.

Especialmente no quesito custo de mão de obra, que ganhou adicionais entre 70% e 80% dos valores contratados, acima da média de 56% verificados em outras etapas da construção pactuadas em outros contratos.

O plenário decidiu, então, pela readequação dos contratos. O TCU aprovou uma medida cautelar determinado que os R$ 125 milhões pendentes deverão ser adequados a uma nova tabela de preços.

"Como resultado da auditoria, espera-se uma melhorias dos procedimentos internos da Petrobras relativamente à delimitação das condições de reajustes pactuadas em suas contratações de obras", registrou no acórdão o ministro-relator.

Segundo o ministro, as responsabilidades e o ressarcimento dos R$ 243 milhões que já foram pagos serão alvos de outros processo. Jorge também observou que a Petrobras pode recorrer da decisão em até 15 dias.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEmpresas estataisPetrobrasCapitalização da PetrobrasPetróleoGás e combustíveisIndústria do petróleoPETR4TCUIrregularidades

Mais de Brasil

Atos contra PEC da Blindagem ocorrem em dezenas cidades do país neste domingo

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF

Brasil enfrenta onda de tempestades com risco de tornados nesta semana

Aviação brasileira supera número de passageiros do pré-pandemia em 8,5% e dá força a novos destinos