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"São Paulo não está à venda", diz Secretário de Desestatização

Wilson Poit criticou a visão de que a cidade estaria à venda em detrimento das futuras privatizações na gestão Doria

São Paulo: "O Anhembi já era privado, veio parar no município por causa de algum acordo de impostos" (dabldy/Thinkstock)

São Paulo: "O Anhembi já era privado, veio parar no município por causa de algum acordo de impostos" (dabldy/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 16h34.

São Paulo - Em comentário sobre o plano municipal de desestatização da prefeitura de São Paulo, o secretário de Desestatização e Parcerias da cidade, Wilson Poit, criticou a visão de que São Paulo estaria à venda, propagada pela imprensa e por uma parcela da população.

"São Paulo não está à venda. O que está à venda de fato é o Complexo do Anhembi, o Autódromo de Interlagos e alguns milhares de imóveis", ressaltando que apenas esses projetos se enquadram no conceito de privatização como alienação de ativos utilizado pela prefeitura.

A declaração foi dada nesta terça-feira, 29, em discussão em evento promovido pela FGV-SP para discutir mobilidade urbana.

Ainda em relação aos três projetos de privatização, Poit afirmou que a prefeitura apenas devolverá à iniciativa privada ativos que já pertenceram à ela.

"O Anhembi já era privado, veio parar no município por causa de algum acordo de impostos. Interlagos era privado e a maioria desses imóveis também - a gente tem 80 imóveis de herança vacante. Então nós estamos devolvendo à iniciativa privadas o que já era dela".

Durante o evento, o secretário reforçou a importância do projeto de concessão de 24 terminais de ônibus urbanos, cujo edital de Chamamento Público do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) foi publicado neste mês. A prefeitura está recebendo estudos a partir dos quais definirá um modelo de concessão.

Três dos 27 terminais de ônibus de São Paulo não foram incluídos no PMI. Capelinha, Campo Limpo e Princesa Isabel foram escolhidos para ser projetos-piloto, e terão a sua concessão modelada internamente pela prefeitura. A expectativa é lançar editais simultâneos para os 27 terminais no próximo ano.

De acordo com o secretário, os terminais de ônibus, que geram prejuízo de R$ 142 milhões por ano ao município, são 27 pontos "fantásticos" onde não há negócios.

"O sonho de qualquer empreendedor é um lugar que não precise de estacionamento, que tenha milhares de pessoas circulando rotineiramente. Esse negócio existe, são os 27 terminais".

Além dos terminais de ônibus, a prefeitura também planeja conceder parques, mercados e sacolões, cemitérios, o sistema de Bilhete Único e o estádio do Pacaembu.

Além disso, também serão firmadas Parcerias Público-Privadas (PPPs) para iluminação pública, moradia social e educação.

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