O anuário reúne resultados de diversas pesquisas como o Censo Demográfico, as Estatísticas do Registro Civil, a Pesquisa Industrial Anual e informações do Cadastro Central de Empresas. (Tom Merton/Getty Images)
Colaboradora
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 17h21.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta quarta-feira, 8, o Anuário Estatístico do Brasil em formato digital. Pelo segundo ano consecutivo, a publicação abandona o modelo impresso e adota um site visualmente otimizado, tornando o acesso aos dados mais prático para a população.
Dentre esses dados, estão informações como, por exemplo, a ocupação ativa no país, além de estatísticas territoriais, ambientais, demográficas e socioeconômicas.
É dessa forma que, em poucos cliques, é possível consultar rapidamente que o Brasil conta com 103,3 milhões de trabalhadores ocupados, enquanto os empregadores somam 4,4 milhões de pessoas.
A composição do mercado de trabalho brasileiro mostra uma estrutura em que a maior parte da população ocupada atua como empregada. Entre os 103,3 milhões de trabalhadores, a distribuição é:
Na prática, isso significa que para cada empregador no Brasil existem cerca de 16 empregados, evidenciando uma concentração considerável da geração de empregos em uma parcela relativamente pequena da população economicamente ativa.
Sobre a jornada de trabalho, a maioria da população do Brasil segue o modelo tradicional. São 58,1 milhões de pessoas trabalhando entre 40 e 44 horas semanais.
Apesar disso, quando se compara quem trabalha mais horas no Brasil, há uma distinção significativa.
Assim, é possível afirmar que empregadores trabalham quase cinco vezes mais em jornadas extensas do que empregados. E o setor agrícola intensifica ainda mais esse cenário, com 32,3% dos empregadores trabalhando 49 horas ou mais.
LEIA TAMBÉM: Mais de 9 milhões de brasileiros trabalham fora do município onde moram, diz Censo
Do ponto de vista regional, a concentração de empregadores que trabalham longas jornadas está no Sudeste, onde 31,2% deles ultrapassam as 49 horas semanais.
Em contrapartida, as regiões Norte e Nordeste apresentam percentuais um pouco menores, com 21,1% e 25,5%, respectivamente — porém, ainda alto se comparado a média dos empregados.
O acesso à plataforma é simples e intuitivo, e com poucos clique é possível ter em mãos diversos índices do país. Já na primeira página do site do Anuário Estatístico do Brasil, estão sete categorias disponíveis:
Ao clicar em qualquer uma delas, o usuário já é direcionado a uma página em que é possível visualizar gráficos com as principais informações.
Além disso, é possível aprofundar a consulta com recortes por etnia, gênero, idade, ocupação e outros marcadores sociodemográficos.
Vale ressaltar que o anuário reúne resultados de diversas pesquisas como o Censo Demográfico, as Estatísticas do Registro Civil, a Pesquisa Industrial Anual e informações do Cadastro Central de Empresas, entre outros indicadores que oferecem um panorama completo do país.