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PSB fecha questão contra reformas trabalhista e da Previdência

Segundo senadora, o partido considerou que apesar dos recuos do governo sobre a reforma da Previdência, "ela continua prejudicial"

Reformas: "Foi uma decisão por voto da ampla maioria", disse a senadora Lídice da Mata (BA) (Ueslei Marcelino/Reuters)

Reformas: "Foi uma decisão por voto da ampla maioria", disse a senadora Lídice da Mata (BA) (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de abril de 2017 às 21h57.

Última atualização em 24 de abril de 2017 às 21h59.

Brasília - O PSB, partido da base do governo do presidente Michel Temer e que está à frente do Ministério de Minas e Energia com Fernando Coelho Filho, decidiu nesta segunda-feira fechar questão contra as reformas trabalhista e da Previdência.

"Foi uma decisão por voto da ampla maioria", disse a senadora Lídice da Mata (BA), sobre a reunião da Executiva Nacional do PSB.

Segundo ela, o partido considerou que apesar dos recuos do governo sobre a reforma da Previdência, "ela continua prejudicial". Na avaliação do PSB, as duas reformas "no seu âmago ferem os direitos do trabalhador brasileiro", acrescentou a senadora.

O PSB tem uma bancada de 35 deputados federais. Com o fechamento de questão, quem votar contra a orientação do partido poderá sofrer sanções.

Ao mesmo tempo que a Executiva do PSB se reunia para decidir fechar questão contra as reformas, Coelho Filho participava de reunião no Palácio do Planalto com Temer e outros ministros para discutir estratégias para a aprovação das matérias.

Na reunião, o ministro de Minas e Energia mostrou desconforto com sua situação ao relatar aos colegas o que chamou de "divisão do partido", relatou à Reuters uma fonte presente ao encontro.

Coelho Filho chegou a se oferecer para entregar o cargo e chegou a falar em trocar de partido. Mas a decisão do governo, pelo menos por enquanto, é manter o ministro e trabalhar com a parte da bancada socialista que diz apoiar as reformas, segundo a fonte.

O governo, que já esperava pela decisão do PSB, aposta na divisão do partido para ganhar parte de seus votos, mesmo com a decisão da Executiva Nacional de fechar questão contra a proposta.

"Não é uma decisão definitiva. Pôde-se recorrer ao diretório e à própria bancada", disse a fonte.

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