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Polícia Federal impede voo para Portugal após recusa a embarque de cachorro

Passageira tinha ordem judicial para levar pet na cabine, o que não foi aceito por companhia

Avião da TAP, em imagem de arquivo (Patrícia de  Melo Moreira/Getty Images)

Avião da TAP, em imagem de arquivo (Patrícia de Melo Moreira/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de maio de 2025 às 09h34.

Última atualização em 25 de maio de 2025 às 11h19.

Um voo com 288 passageiros, que deveria sair do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) na tarde deste sábado (24) com destino a Lisboa, em Portugal, foi impedido de decolar pela Polícia Federal por causa do não cumprimento de uma liminar pela tripulação. A viagem seria realizada pela empresa aérea TAP.

A proibição da decolagem aconteceu após a empresa recusar o embarque de uma passageira com um cachorro no interior da cabine. Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para o Brasil, o animal de 35 kg era considerado um cão de suporte emocional, mas que não estava acompanhando a pessoa com deficiência e nem possuía um certificado de um emissor validado pela aérea.

Mesmo com uma decisão judicial, a aérea afirmou que o embarque não foi permitido porque “violaria o manual de operações de voo” da empresa. O voo estava programado para decolar do Galeão às 16h35.

Todos os passageiros a bordo tiveram que retornar ao terminal e agora aguardam a resolução da questão. A empresa ainda não remarcou o voo, que estava quase cheio — o Airbus escalado para a viagem tinha capacidade para 298 ocupantes —, mas afirmou que realocou a tripulação e os passageiros que não são da capital fluminense em hotéis.

Antunes afirmou que foi dada a possibilidade do embarque do animal ser realizado no bagageiro, já que os requisitos para o embarque no interior do avião não foram cumpridos. A passageira negou a opção.

Cão iria encontrar criança

O cão, chamado Tedy, seria levado para Portugal para uma criança com espectro autista que está há um mês e meio em Lisboa.

O pai da menina que aguardava o cão, que é médico e está trabalhando em Portugal, revelou que ela teve uma crise de ansiedade ao saber que o animal não chegaria. Ela é autista não-verbal e tem crises de agressividade e ansiedade — o cachorro ajuda a amenizar esses episódios.

A validade do Certificado Veterinário Internacional (CVI), que autoriza a viagem do animal, expirou neste domingo. A passageira que tentou embarcar com Tedy revelou que a TAP conseguiu uma liminar para que o segundo voo decolasse.

O conflito entre a empresa e a família começou no início de abril, quando os pais, a criança e o animal chegaram ao aeroporto para embarcar para Portugal, quando a TAP recusou o embarque do cão.

No mês seguinte, o juiz Alberto Republicano de Macedo Júnior, da 5ª Vara Cível de Niterói, no Rio de Janeiro, concedeu um mandado de intimação que determinou o embarque de Tedy em voo junto com Hayanne, irmã da criança com espectro autista, na cabine em que ela estivesse.

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