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PL da Anistia: 41% são contra perdão aos condenados e 36% a favor, diz Genial/Quaest

Nas regiões Sul e Centro-Oeste, 42% são a favor de benefício que inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 16 de setembro de 2025 às 20h14.

Última atualização em 16 de setembro de 2025 às 20h28.

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A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 16, mostra que 41% dos brasileiros são contra a anistia aos envolvidos e condenados na tentativa de golpe de Estado e 36% apoiam a aprovação do benefício, incluindo o perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL.

Outros 10% defendem que apenas os participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro sejam anistiados.

Os dados apontam que nas regiões Sul e Centro-Oeste, 42% dos entrevistados são a favor de uma anistia ampla.

Por outro lado, Nordeste (44%) e Sudeste (42%) mantêm o posicionamento contra o projeto.

Entre os entrevistados que ganham mais de 4 salários mínimos, 43% apoiam anistia para o ex- presidente e 40% são contra.

Segundo o levantamento, 22% dos lulistas são a favor da anistia, e 19% dos bolsonaristas são contra o projeto de anistia.

Esta é a primeira pesquisa realizada após o julgamento dos réus pela tentativa de golpe de estado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

As entrevistas foram realizadas entre sexta-feira, 12 de agosto, e domingo, 14 de agosto, com um total de 2004 entrevistas presenciais feitas com brasileiros de 16 anos ou mais, abrangendo todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

PL da Anistia

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta terça-feira, 16, aos líderes da Casa que colocará em pauta a urgência do projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro na quarta-feira.

Os parlamentares que defendem a anistia precisam obter 257 votos para aprovar a urgência e de maioria simples para o mérito.

Condenação de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado na última quinta-feira a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado em 2022 pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Além disso, Bolsonaro pagará 124 dias-multa, que representa dois salários mínimos por dia.

O ministro Alexandre de Moraes considerou o agravamento da pena por apontar Bolsonaro como líder da organização criminosa. Houve também atenuantes, redução de pena, em todos os crimes, em razão da idade avançada do ex-presidente.

Com o resultado do julgamento, Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente da República a ser condenado por tentativa de golpe de Estado.

Na decisão sobre os efeitos civis e administrativos da pena, a Corte decidiu que todos os condenados ficarão inelegíveis por 8 anos depois do cumprimento da pena. Também foi determinado que os condenados terão que pagar uma multa coletiva por dano morais de R$ 30 milhões.

A Turma condenou Bolsonaro por todos os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da União (PGR) na denúncia.

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