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"Não estou preocupado com popularidade nem com pesquisa", diz Bolsonaro

Datafolha apontou que 23% dos entrevistados consideram o trabalho do presidente regular, praticamente a mesma marca obtida anteriormente, de 25%

Jair Bolsonaro: o fechamento do comércio causa destruição de milhões de empregos (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: o fechamento do comércio causa destruição de milhões de empregos (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2020 às 17h20.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que não está preocupado com popularidade ou pesquisas, mas sim com o país. Da rampa do Palácio do Planalto, nesta tarde, Bolsonaro respondeu a algumas perguntas da imprensa e foi questionado sobre a pesquisa Datafolha que retrata que 64% dos brasileiros desaprovam a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.

"Datafolha, pelo amor de Deus. Tem pesquisa melhor que essa aqui", afirmou apontando para populares que se aglomeravam para vê-lo à frente da rampa. "Não estou preocupado com popularidade não, nem pesquisa. Tô preocupado com Brasil". Em seguida, alguns apoiadores passaram buzinando em frente ao Planalto e ele voltou a se referir aos populares: "Olha a Datafolha aí."

A pesquisa também apontou que 23% dos entrevistados consideram o trabalho do presidente da República regular, praticamente a mesma marca obtida anteriormente, de 25%. Em termos de desaprovação e reprovação, os níveis apurados foram os seguintes: é mais reprovado por mulheres (41%), pelos mais ricos (acima de dez salários mínimos, 48%) e pelos mais instruídos (com curso superior, 46%).

Bolsonaro destacou mais uma vez o impacto de medidas de restrição nos empregos no país. O presidente disse ainda que uma possível abertura do comércio no Distrito Federal em 3 de maio seria "tarde". "São alguns milhões de empregos formais que foram destruídos, fora os informais", disse.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro tem se posicionado contra medidas de restrições adotadas por governadores e prefeitos. O presidente prega a realização de um isolamento vertical, voltado para grupos de risco, para garantir o reaquecimento da economia.

Bolsonaro foi ao Palácio do Planalto neste sábado, apesar de não ter compromissos oficiais previstos em sua agenda. Durante pouco mais de uma hora, o presidente observou o movimento em frente ao Palácio e acenou para apoiadores. O chefe do Executivo chegou a descer a rampa e se aproximar dos apoiadores causando aglomerações.

Bolsonaro não cumprimentou os populares fisicamente, apenas recebeu um quadro de Jesus e uma bandeira com temática contra o aborto.

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