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Moro intima Mantega e Paes para depor como testemunhas de Cunha

Ambos vão depor por videoconferência, sendo que o ex-ministro deve ser ouvido da Justiça Federal em São Paulo nesta quarta-feira, 23

Cunha: ele já havia arrolado o presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula como suas testemunhas (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Cunha: ele já havia arrolado o presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula como suas testemunhas (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 22h15.

São Paulo - O juiz Sérgio Moro intimou nesta terça-feira, 22, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para depor como testemunhas de defesa do ex-presidente da Câmara e deputado cassado, Eduardo Cunha (PMDB), preso desde o dia 19 de outubro.

Ambos vão depor por videoconferência, sendo que o ex-ministro deve ser ouvido da Justiça Federal em São Paulo nesta quarta-feira, 23, às 10h e o prefeito deverá ser ouvido da Justiça Federal no Rio na quinta-feira, 24, as 14h.

Os dois foram arrolados como testemunha do peemedebista no dia 12 de novembro no lugar de outras duas testemunhas que haviam sido escolhidas inicialmente mas que, devido a dificuldade da própria defesa de Cunha em localizá-las, foram substituídas pelo prefeito e pelo ex-ministro.

Eduardo Cunha é réu em ação penal por suposto recebimento de propinas na compra pela Petrobras do Bloco de Benin, na África, em 2011, e de manter contas secretas na Suíça que teriam recebido os valores ilícitos.

Ele já havia arrolado o presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula como suas testemunhas. O presidente vai depor por escrito e o ex-presidente petista, por sua vez, falará por videoconferência no próximo dia 30.

No pedido a Moro, a defesa de Eduardo Cunha alega que Guido Mantega era presidente do Conselho de Administração da estatal petrolífera quando foi adquirido o campo de Benin "bem como na época em que a estatal alienou parte do bloco à Shell".

Os advogados argumentam a Moro que Eduardo Paes, por sua vez, "poderá esclarecer que estava com o acusado no dia indicado pelo Ministério Público Federal como sendo o de suposta reunião na Petrobras".

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