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Moraes mantém prisão de 354 investigados por atos antidemocráticos

Cerca de 1,4 mil pessoas foram presas após os atos e 220 já foram liberados; análise das prisões vai até sexta-feira, 20

Protesto antidemocrático: 220 já foram liberados da prisão (Evaristo Sá/AFP)

Protesto antidemocrático: 220 já foram liberados da prisão (Evaristo Sá/AFP)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 06h53.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje, 18, manter a prisão preventiva de 354 acusados de participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ministro também decidiu colocar 220 investigados em liberdade, mediante medidas cautelares.

Ao transformar a prisão temporária dos acusados em preventiva, por tempo indeterminado, o ministro entendeu que as prisões são necessárias para garantir a ordem pública e a efetividade das investigações.

Moraes considerou que os acusados tentaram impedir o funcionamento dos poderes constitucionais constituídos por meio de violência e grave ameaça.

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Os investigados que serão soltos deverão colocar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de sair de suas cidades e de usar redes sociais. Além disso, eles terão os passaportes cancelados e
os documentos de posse de arma suspensos.

Após as prisões realizadas em 8 de janeiro, Alexandre de Moraes delegou as audiências de custódia para juízes federais e do Tribunal de Justiça do DF. As informações sobre os presos são centralizadas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas ao ministro, a quem cabe decidir sobre a manutenção das prisões.

Cerca de 1,4 mil pessoas foram presas após os atos. A análise das prisões pelo ministro vai até sexta-feira, 20.

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