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Ministro do Trabalho diz que imposto sindical não vai voltar, mas defende contribuição negocial

O ministro disse que defende desde 2005 o fim do imposto sindical. Segundo ele, um modelo que faz sentido é uma ‘contribuição pela prestação de serviço’

Publicado em 14 de agosto de 2025 às 19h27.

Última atualização em 14 de agosto de 2025 às 19h36.

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira, 14, que não há possibilidade de o imposto sindical voltar, mas defendeu uma contribuição negocial aos sindicatos.

"Imposto sindical, esqueçam. Não existe mais. Não vai voltar", afirmou Marinho em entrevista ao programa Macro em Pauta, da EXAME.

O ministro disse que defende desde 2005 o fim do imposto sindical. Segundo ele, um modelo que faz sentido é uma "contribuição pela prestação de serviço".

"Em 2005, as centrais sindicais perderam a oportunidade de acabar com o imposto sindical e regulamentar uma contribuição pela prestação de serviço. O sindicato fez um acordo, a categoria aprovou. Tem lá uma contribuição mínima. Não aprovou? Não tem contribuição. Ou seja, uma taxa de sucesso", afirmou.

Marinho disse que houve um "desmonte" do modelo de sustentação dos sindicatos com o fim do imposto sindical e que era necessário criar alternativas para manter as atividades das entidades, o que não ocorreu.

Ele defendeu que o Congresso discuta a alternativa e disse que as centrais sindicais estão em conversas com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), sobre a questão.

"É preciso reconhecer que existe uma fragilidade e recompor. Os presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre estão discutindo isso com as centrais sindicais. É preciso que eles encarem esse processo e reflitam no parlamento", afirmou.

Apesar de defender que o modelo de contribuição mude, o ministro afirmou que a recusa individual deve ser observada com cuidado.

"Na hora que tem um projeto participativo, é a decisão coletiva que tem que valer. No condomínio, por exemplo, você não pode recusar o pagamento de uma cota de um investimento por não concordar", disse.

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