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Ministro das Cidades quer dinheiro de Brics e UE em fundo para municípios

Jader Filho anunciou durante a COP30 a reestruturação do fundo para ajudar cidades brasileiras em projetos de adaptação climática e deu detalhes da medida para EXAME

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 11 de novembro de 2025 às 10h55.

Belém - O ministério das Cidades planeja captar dinheiro com a União Europeia e o banco dos Brics, além de instituições como Rockefeller Foundation e Bloomberg Foundation, para ampliar os recursos do Fundo de Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (FIRECE).

"Estamos entrando com o capital semente na ordem de R$ 100 milhões, mas queremos trazer a iniciativa privada para participar. Nós conversamos com a Bloomberg Foundation, a Rockefeller Foundation e União Europeia para aportarem recursos nesse fundo. Também estamos falando com a presidente Dilma, do Banco dos Brics", afirmou Jader Filho, chefe da pasta, em conversa com a EXAME durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Criado para ações de reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes, com R$ 6,5 bilhões de recursos, o fundo, operado pela Caixa, foi reestruturado para atender todos os municípios brasileiros na elaboração de projetos de adaptação climática.

"Nossa ideia é disponibilizar uma seleção muito importante para que cidades pequenas e médias possam ter um banco de projeto com acesso a crédito. Até porque, não tem como fazer infraestrutura sem financiamento. A infraestrutura não cai do céu", disse.

A operacionalização da iniciativa contará com seleção dos municípios com base em critérios como exposição a riscos climáticos, vulnerabilidade social e alinhamento às diretrizes dos Programas da pasta.

O ministro disse que não há uma meta inicial de recursos, mas que o governo quer "muito mais" que os R$ 100 milhões aportados pela União.

As propostas apoiadas serão sobre ameaças climáticas que afetam o território nacional, incluindo: o aumento da intensidade e da frequência das chuvas extremas e ventanias; o aquecimento e as ondas de calor; o aumento do nível do mar e a erosão costeira; a escassez hídrica e os períodos prolongados de seca.

"Nós precisamos dar a ciência técnica aos estados e aos municípios para que eles estejam preparados, para quem quiserem acessar um crédito em um banco internacional para realizar obras. E que esses projetos estejam suficientemente robustos para ter um início, meio e fim", disse Jader.

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Segundo dados do ministério das Cidades, entre 2015 e 2025, 84% dos municípios brasileiros (4.708) foram afetados por desastres climáticos, totalizando 113,4 milhões de pessoas afetadas de forma direta, 1,7 milhão de moradias danificadas e mais de 293 mil destruídas com um prejuízo de R$ 455 bilhões em danos materiais.

As estimativas apontam que até 2030, o cenário tende a se agravar, em especial em cidades com até 500 mil habitantes: 60% da população em risco alto e muito alto de inundação, enxurrada e alagamento e 83% da população em risco alto e muito alto para escassez hídrica estão em municípios até 500 mil habitantes.

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