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Metrô terá efetivo total em horários de pico durante greve

Segundo decisão do TRT, está estipulada em R$ 100 mil a multa diária em caso de descumprimento da determinação


	Os trabalhadores criticam a proposta de reajuste salarial apresentada pela Companhia, que é de 7,21%. A categoria pede por mais de 17%, entre compensação de inflação e aumento real
 (ALEXANDRE BATTIBUGLI/EXAME)

Os trabalhadores criticam a proposta de reajuste salarial apresentada pela Companhia, que é de 7,21%. A categoria pede por mais de 17%, entre compensação de inflação e aumento real (ALEXANDRE BATTIBUGLI/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 17h40.

São Paulo - O Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região (TRT-2) determinou que os metroviários respeitem o funcionamento de um contingente mínimo durante a greve programada para ocorrer a partir da próxima quarta-feira, 27. 

A decisão da Justiça trabalhista atendeu a pedido cautelar feito pela Companhia do Metropolitano e prevê que 100% dos trabalhadores atuem nos horários de pico - das 6h às 9h e das 16h às 19h - e 70% nos demais horários.

A ordem partiu do desembargador Mauro Vignotto, que apreciou o pedido do metrô nesta quinta-feira, 21. O magistrado estipulou em R$ 100 mil a multa diária em caso de descumprimento da decisão.

Na ação, o metrô alegou que os sindicatos decidiram pela greve antes do término das negociações e estariam participando de ações que descumprem normas de segurança da empresa.

Na decisão, o desembargador considerou o caráter essencial dos serviços, além de ter ponderado que a motivação da greve anunciada não envolveria mora salarial nem descumprimento de obrigação contratual pelo metrô. Caso ocorra interrupção nos serviços, a multa deverá ser revertida a alguma entidade a ser indicada pelo TRT-2.

Reajuste

Os metroviários decidiram pela greve na noite desta quarta-feira, 20, em assembleia da categoria. Os trabalhadores criticam a proposta de reajuste salarial apresentada pela Companhia, que é de 7,21%. A categoria pede por mais de 17%, entre compensação de inflação e aumento real.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta que negocia para evitar uma paralisação dos funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "A greve só prejudica a população e quem mais precisa para trabalhar. Faremos o possível para não ter greve", disse.

Segundo Alckmin, a categoria teve reajuste real nos últimos quatro anos e que a média salarial da categoria é de R$ 5.237. "O Metrô e a CPTM estão permanentemente negociando e já fizeram uma oferta em relação à reposição inflacionária", disse.

O TRT informou que a determinação de frota mínima circulando não atinge os ferroviários, que também optaram por greve na mesma data. Nova assembleias da categoria estão programadas para a véspera da paralisação, na terça-feira ,26.

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