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Mesmo com a crise, relator mantém prazo da reforma trabalhista

Senador Ricardo Ferraço, do PSDB, anunciou que iria apresentar seu parecer nesta terça à Comissão de Assuntos Econômicos

Michel Temer: mesmo com o governo em crise, reforma trabalhista segue o cronograma no Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: mesmo com o governo em crise, reforma trabalhista segue o cronograma no Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2017 às 11h28.

Brasília - O relator da reforma trabalhista em duas comissões no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), afirmou nesta terça-feira que, apesar da crise política "brutal" e "devastadora", o Congresso precisa cumprir suas responsabilidades.

O senador havia suspendido o calendário da proposta na última semana, quando foram divulgados detalhes de delação envolvendo inclusive o presidente Michel Temer, que passou a responder a um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Ferraço mudou de rumo, nesta semana, e anunciou que iria apresentar seu parecer nesta terça à Comissão de Assuntos Econômicos, como previa seu calendário.

"O governo está em crise. E por isso nós vamos parar de trabalhar?", disse o senador a jornalistas. "Nós não estamos de recesso... a alternativa seria que ficássemos em casa de braços cruzados vendo o país descer ladeira abaixo."

O relator não quis fazer uma previsão, no entanto de votação da proposta nas comissões ou no plenário do Senado.

"Não posso fazer qualquer afirmação sobre os desdobramentos desse debate... o debate vai definir o calendário e o prazo com que isso vai ser deliberado nas comissões e no plenário do Senado", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de a proposta ser votada ainda neste semestre no plenário da Casa, Ferraço respondeu que não pode "afirmar nada com relação à votação".

As reformas trabalhista e da Previdência são as duas principais medidas do governo a tramitar no Congresso. Se antes as propostas já enfrentavam resistência da base, o cenário ficou ainda mais difícil para o governo angariar votos após a divulgação dos áudios e das delações de executivos do grupo J&F implicando o presidente da República e importantes lideranças políticas.

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