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Medidas prudenciais são mais efetivas contra inflação, diz Mantega

Inflação está acima da meta do Banco Central

Mantega: "Juros são muito altos no Brasil? É verdade. Só que já foram mais altos" (Elza Fiúza/ABr)

Mantega: "Juros são muito altos no Brasil? É verdade. Só que já foram mais altos" (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2011 às 11h26.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo deste domingo que medidas prudenciais e o aumento do compulsório são mais eficazes para conter a inflação do que o aumento dos juros.

"Eu sou contra manter juros artificialmente altos. Eu sou a favor de que subam os juros quando há problema de inflação. Não que esses juros aí tenham ajudado a diminuir. Acho que as medidas prudenciais e o aumento do compulsório, que são na veia, são mais efetivos", afirmou Mantega ao jornal.

"Os juros são muito altos no Brasil? É verdade. Só que já foram mais altos", acrescentou.

Esta semana o Copom vai se reunir, e a maioria dos analistas esperam nova alta de 0,5 ponto, para 11,75 por cento.

A inflação está acima da meta do Banco Central. Pelo IPCA, a alta foi de 5,9 por cento em 2010 e o centro da meta é 4,5 por cento. Em dezembro, o BC tomou algumas medidas macroprudenciais que já tiveram efeito para a desaceleração do crédito em janeiro, segundo dados divulgados na semana passada.

Mantega voltou a dizer que a taxa usada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empréstimos a Taxa de Juros de Longo Prazo (TLJP) deve subir.

O ministro disse ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff é uma "continuidade" dos oito anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém "mais parecido" com o segundo mandato de Lula.

"O governo Dilma não é parecido nem com Lula 1 nem com Lula 2. É parecido com Lula 3", disse. "O Dilma 1 é parecido com Lula 2 porque não está sendo puxado o freio de mão. Nós estamos trabalhando para um crescimento de 4,5 por centro, 5 por cento neste ano, o que será historicamente ímpar."

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