Brasil

MDB e DEM vivem momento de incerteza

Busca por nomes competitivos para a eleição tem tirado o sono dos partidos

Henrique Meirelles (Adriano Machado/Reuters)

Henrique Meirelles (Adriano Machado/Reuters)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 17 de junho de 2018 às 09h42.

São Paulo - Nas fileiras do MDB, o desânimo com a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles aumentou nos últimos dias. Reservadamente, parlamentares da sigla dizem que, além de não decolar, Meirelles não está nem mesmo cumprindo a "tarefa" de defender o presidente Michel Temer do tiroteio e de ser um "escudo" de proteção do Planalto. A entrevista que ele deu no dia 11 ao programa Roda Viva, da TV Cultura, foi definida por correligionários como "lamentável".

O ex-chefe da equipe econômica ainda terá de passar pelo crivo da convenção do MDB, no fim de julho, para se tornar candidato. "Não acredito que Meirelles seja homologado", afirmou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário de Temer. "Na ausência de um nome competitivo, é melhor não ter candidato para chamar de seu e deixar as alianças estaduais liberadas", disse.

A semana também terminou com interrogações para o DEM. Com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ) a um passo de deixar o páreo para concorrer à reeleição, uma ala do DEM quer apoiar o tucano Geraldo Alckmin, outra defende Ciro Gomes (PDT) e há até mesmo quem pregue aval a Jair Bolsonaro, do PSL. Diante disso, o DEM começou a examinar nomes novos, como o do empresário Josué Alencar (filho do ex-vice-presidente José Alencar), filiado ao PR. Mesmo assim, a balança pende para Alckmin. O receio, porém, é que o tucano continue estagnado nas pesquisas.

"Quem atrapalha o Alckmin, nosso candidato preferido para enfrentar no segundo turno, é o Fernando Henrique Cardoso, que deveria vestir o pijama", disse o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT), coordenador da campanha de Ciro. "O Bolsonaro é mais fácil de derrotar, ele vai explodir de rejeição. Mas com o Alckmin teríamos mais condições de diálogo." Cid jantou com Maia na quarta-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Partidos políticosPolítica

Mais de Brasil

Recuperação da popularidade de Lula perde fôlego e reprovação chega a 40%, diz Datafolha

Itamaraty entrega a autoridades italianas pedido de extradição de Carla Zambelli

Moraes diz em julgamento no STF que redes sociais permitem ações 'criminosas' contra crianças

MP do governo prevê mudança em cargos da Receita Federal com custo de R$ 12,9 milhões por ano