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Marqueteiro de Temer diz que tem relação com grupo JBS desde 2010

Em 2016, o dono da JBS teria dado R$ 300 mil em espécie a Elsinho Mouco para que ele organizasse a defesa do presidente na internet

Michel Temer: o presidente teria pedido R$ 3 milhões para a campanha de Gabriel Chalita (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: o presidente teria pedido R$ 3 milhões para a campanha de Gabriel Chalita (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de maio de 2017 às 19h34.

Última atualização em 19 de maio de 2017 às 19h36.

Brasília - Marqueteiro do presidente Michel Temer, o publicitário Elsinho Mouco divulgou nota nesta sexta-feira, 19, para explicar a sua relação com os executivos do grupo JBS.

Segundo ele, sua relação com o grupo começou em 2010, quando foi procurado para desenvolver trabalho de marketing político para a pré-candidatura ao governo de Goiás de um de seus sócios, Júnior Batista, irmão de Joesley.

"Em 2014, fui novamente contratado com o mesmo objetivo, mas, pela segunda vez, Junior desistiu da candidatura. Em ambas as ocasiões as notas fiscais foram emitidas normalmente", diz.

De acordo com o site O Antagonista, Elsinho teria recebido R$ 3 milhões em propina da JBS na campanha de 2010.

O site diz ainda que em 2012, Temer pediu mais R$ 3 milhões para a campanha de Gabriel Chalita, cujo marqueteiro seria também Elsinho.

E, em 2016, o dono da JBS teria dado R$ 300 mil em espécie ao marqueteiro para que ele organizasse a defesa de Temer na internet.

Elsinho diz ainda que, em 2012, não foi o responsável pelo marketing político da campanha de Chalita à prefeitura de São Paulo.

"Não tive contrato nem contato algum com a família Batista, da JBS".

O marqueteiro diz ainda na nota que em meados de 2016 recebeu um convite de Joesley para ir à sua casa para tratar de comunicação digital.

"Chegando lá, me reuni com ele, com seu pai, José Batista, e seu irmão Wesley. Discutimos o momento político do País e as possibilidades de Júnior Batista se candidatar", explica.

"Depois desta introdução, comentei que vinha auxiliando o então vice-presidente Michel Temer com um trabalho de defesa digital. Joesley mostrou-se interessado em ajudar, bem como contratar o mesmo serviço para o seu grupo. Isto pode ser confirmado pela troca de mensagens que mantivemos posteriormente", afirma o marqueteiro.

Por fim, em sua nota, Elsinho explica que recentemente, "no auge da crise provocada pela operação Carne Fraca", recebeu uma mensagem de Joesley.

O empresário queria saber sobre sua disponibilidade para fazer novamente a defesa digital da JBS. "Foi o último contato que tivemos", finaliza o marqueteiro.

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