Brasil

Lula se reúne com petistas para discutir eleição indireta

Participantes das conversas falam em uma solução "acima dos interesses partidários e eleitorais", incluindo o PSDB

Lula: estiveram com o presidente Dilma Rousseff, Rui Costa, Fernando Pimentel, Tião Vianna, Wellington Dias, Humberto Costa e Gleisi Hoffmann (Adriano Machado/Reuters)

Lula: estiveram com o presidente Dilma Rousseff, Rui Costa, Fernando Pimentel, Tião Vianna, Wellington Dias, Humberto Costa e Gleisi Hoffmann (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2017 às 20h21.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de reuniões nesta segunda-feira, 22, na sede nacional do PT em São Paulo, para discutir cenários de uma eventual sucessão do presidente Michel Temer.

Entre as hipóteses discutidas está a de eleições indiretas, contrariando a posição do PT, que defende eleições diretas.

Participantes das conversas falam em uma solução "acima dos interesses partidários e eleitorais", incluindo o PSDB.

Estiveram com Lula a presidente cassada Dilma Rousseff, os governadores Rui Costa (PT-BA), Fernando Pimentel (PT-MG), Tião Vianna (PT-AC) e Wellington Dias (PT-PI), os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), além de dirigentes partidários.

"Temos que cogitar todas as hipóteses inclusive que não seja eleição direta. Por isso foram discutidas todas as alternativas, todas as saídas", disse o governador da Bahia, Rui Costa. Lula e o PT passaram a discutir de forma aberta a possibilidade de eleições indiretas um dia depois do fracasso das manifestações de rua marcadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo por "diretas já".

O governador da Bahia disse que está, desde sexta-feira, 19, conversando com colegas para marcar uma reunião de governadores na qual seriam discutidas saídas suprapartidárias para a crise.

Ele disse que já falou com os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e da região Nordeste.

Segundo ele, Alckmin disse também estar preocupado e se comprometeu a dar alguns telefonemas.

"Entre nós, governadores, não existe essa tensão, temos os mesmos interesses e nossas relações não estão desgastadas", disse Costa.

Diante de informações de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso busca interlocutores para alinhavar um canal de diálogo com Lula, o governador da Bahia disse que o tucano seria bem-vindo nas negociações.

Ele enfatizou a importância de que a saída da crise seja construída pelos políticos e não pelo Judiciário.

"A saída será pela política. O Judiciário, por mais legítimo que seja, não apresentará uma saída para o Brasil. O Ministério Público também não. Quem acaba com uma guerra é a diplomacia e não os militares", disse o governador.

Acompanhe tudo sobre:Delação premiadaEleiçõesJBSJoesley BatistaLuiz Inácio Lula da SilvaMichel TemerPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Moraes formaliza pedido de extradição de Zambelli da Itália para cumprimento de pena

Governo formaliza extinção do contrato de concessão da Rodovia do Aço com K-Infra por ineficiência

Trens, ônibus e aeroportos: Governo de SP lança nova Artesp para ampliar fiscalização de concessões

Lula perde para Bolsonaro e empata com outros 4 nomes da direita no 2º turno em 2026, diz Futura