Brasil

Justiça impede protesto de caminhoneiros no Porto de Santos

Vídeo divulgado pelos motoristas indica que eles planejavam bloquear o Porto de Santos, por 24 horas, nesta segunda-feira

Porto de Santos: justiça veta manifestações, sob pena de multa diária de R$ 200 mil (Gerrmano Lüders/Exame)

Porto de Santos: justiça veta manifestações, sob pena de multa diária de R$ 200 mil (Gerrmano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 06h58.

Uma liminar concedida pela Justiça Federal neste domingo, 16, à Companhia Docas do Estado de São Paulo, proibiu a manifestação de caminhoneiros no Porto de Santos, no litoral paulista. Em um vídeo divulgado pelos motoristas, eles haviam indicado que bloqueariam o porto, por 24 horas, nesta segunda-feira.

Na determinação, o juiz Roberto da Silva Oliveira veta manifestações, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. Os caminhoneiros estão impedidos de bloquear os acessos ao porto de Santos, entre os dias 17 e 21 de fevereiro.

“Além disso, como pano de fundo, há uma operação previamente agendada, no mesmo período de tempo, para se evitar a proliferação do coronavírus, com possível contágio de tripulantes em navio que atracou em portos chineses. Portanto, não é desejável bloqueios que inviabilizam as medidas sanitárias que estão sendo tomadas”, diz o juiz Roberto da Silva Oliveira, que concedeu a liminar.

Na última semana, caminhoneiros do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam) publicaram um vídeo em que o presidente da entidade, Alexsandro Viviani, anunciava o bloqueio do porto. Ele reivindicava o piso mínimo do frete, o valor dos combustíveis e a perda de trabalho no porto.

A operadora logística Rumo também conseguiu, neste domingo, uma liminar proibindo qualquer manifestação na área que cabe à empresa na região portuária. A sentença foi dada pelo juiz Vítor Gambassi Pereira.

Nova greve

Questionado sobre a possibilidade de uma nova greve, um dos líderes do movimento de 2018, Walace Landim, o Chorão, disse que a categoria tinha combinado de fazer uma paralisação na próxima quarta-feira, 19, para acompanhar a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tabela do frete. Mas, a pedido da Advocacia Geral da União (AGU), a votação foi suspensa.

O ministro do Supremo Luiz Fux chamou uma audiência de conciliação para o dia 10 de março. Caso não haja um resultado positivo para os caminhoneiros, Chorão diz que uma paralisação deve ocorrer, com apoio dele.

Nos grupos de caminheiros que o Estado acompanha, o movimento a favor de uma nova greve da categoria ainda é fraco. Até o momento, Ivar Schmidt, do Comando Nacional dos Transportes (CNT) não vê apoio dos demais caminhoneiros, pelo menos na CNT, que é um grupo forte no País.

Acompanhe tudo sobre:GrevesPorto de SantosCaminhoneiros

Mais de Brasil

Presidente da Caixa deve defender bet do banco em reunião com Lula

Polícia Federal pode suspender emissão de passaportes por falta de verba

Deputados protocolam PEC da Reforma Administrativa