Brasil

Justiça bloqueia bens de mulher de Sérgio Cabral

No pedido, o MPF narra que os laços familiares e de intimidade de Adriana com os demais investigados são inegáveis

Cabral: Adriana Ancelmo foi alvo de condução coercitiva no dia da prisão do marido (foto/Getty Images)

Cabral: Adriana Ancelmo foi alvo de condução coercitiva no dia da prisão do marido (foto/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 21h12.

O juiz da 7ª Vara Federal do Rio, Marcelo Bretas, responsável pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, determinou hoje (28) o bloqueio de bens imóveis de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e do escritório de advocacia Ancelmo Advogados, de propriedade dela. O magistrado atendeu a pedido do Ministério Público Federal.

No pedido, o MPF narra que os laços familiares e de intimidade de Adriana com os demais investigados são inegáveis. As apurações preliminares revelaram que ela praticou diversos atos que, aparentemente, representam evidências de sua participação na lavagem e na ocultação de proveitos de origem ilícita decorrentes da corrupção, supostamente praticada por seu marido, o também investigado Sérgio Cabral.

Na decisão, o juiz Marcelo Bretas disse que, no aprofundamento das investigações, foi identificada a participação da investigada Adriana Ancelmo na atividade da suposta organização criminosa.

Por essa razão, segundo o magistrado, tornou-se medida necessária a decretação do bloqueio dos seus bens imóveis, "em especial no que diz respeito à aquisição de grande quantidade de joias de altíssimo valor, normalmente em dinheiro vivo, pela própria investigada ou por pessoas interpostas, nas principais joalherias do Rio de Janeiro".

A Operação Calicute, desencadeada no dia 17 deste mês, que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral e oito pessoas ligadas a ele é um desdobramento da Lava Jato.

Adriana Ancelmo foi alvo de condução coercitiva, no dia da prisão do marido, quando prestou depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio e em seguida foi liberada.

Os agentes federais também cumpriram mandado de busca e apreensão no Escritório Ancelmo Advogados.

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava JatoSérgio Cabral

Mais de Brasil

'Extrema-direita não voltará a governar esse país', diz Lula sobre eleições de 2026

Moraes manda Ministério da Justiça formalizar pedido de extradição de Zambelli

Projeto que anula aumento do IOF deve ser pautado na terça, diz Hugo Motta

Empresários franceses prometem a Lula investir R$ 100 bi no Brasil