Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (11) que os envolvidos no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina, investigados pela Operação Lava Jato, “roubaram o orgulho brasileiro”. 
	A afirmação foi feita durante entrevista coletiva no Paraná, na qual foram denunciadas 35 pessoas envolvidas no esquema.
	“Eu queria dar um recado: essas pessoas, na verdade, roubaram o orgulho dos brasileiros”, disse Janot, e acrescentou que a denúncia de executivos de empreiteiras envolvidas no esquema é apenas o começo da investigação. 
	“Estamos longe do final dela [investigação]. Essa é mais uma fase, a complexidade dos fatos nos leva de forma responsável, de forma muito firme, a afirmar que esta investigação chegará ao final”, completou.
	Segundo Janot, os denunciados ligados deram uma “aula de crime”. Na denúncia oferecida, o MPF informou que dos 35 denunciados, 22 são ligados às empresas investigadas: Mendes Junior, GFD, Camargo Corrêa, UTC, OAS, Engevix e Galvão Engenharia.
	Algumas pessoas foram denunciadas mais de uma vez, como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. 
	O MPF ressaltou ainda que o doleiro Alberto Youssef, também denunciado, era o maior operador do esquema.
	A Operação Lava Jato investigou um esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com a Polícia Federal, movimentou R$ 10 bilhões desviados de contratos da Petrobras.
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                    1. Lava Jato
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                    1/10  (Divulgação/ Polícia Federal) 
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                    2. Odebrecht
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                    2/10  (Paulo Fridman/Bloomberg) 	A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.	“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.	A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”. 
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                    3. UTC Engenharia
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                    3/10  (Divulgação) 	A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”. 
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                    4. OAS
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                    4/10  (Divulgação/PAC) 	A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”.	A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”. 
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                    5. Engevix
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                    5/10  (Divulgação/ Engevix) 	Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”. 
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                    6. Galvão Engenharia
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                    6/10  (Divulgação/ Galvão Engenharia) 	Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários". 
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                    7. Queiroz Galvão
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                    7/10  (Divulgação) 	A empresa se manifestou através de nota: "A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários." 
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                    8. Camargo Corrêa
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                    8/10  (Divulgação) 	Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota: “A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.” 
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                    9. Mendes Junior
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                    9/10  (Divulgação) 	"O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR).	A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas." 
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                    10. Iesa
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                    10/10  (Divulgação IESA) 	EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.