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Insatisfação pode disparar nova greve, diz representante de caminhoneiros

Reclamações da categoria são sobre atual piso mínimo de frete e falta de fiscalização sobre o valor cobrado

Greve de caminhoneiros: categoria paralisou serviço em maio de 2018 (Leonardo Benassatto/Reuters)

Greve de caminhoneiros: categoria paralisou serviço em maio de 2018 (Leonardo Benassatto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de março de 2019 às 15h23.

Última atualização em 25 de março de 2019 às 15h28.

São Paulo - Uma das entidades que representam caminhoneiros autônomos do país, Abcam, informou nesta segunda-feira que o nível de insatisfação da categoria está "muito grande" e que isso poderá resultar em uma nova greve dos motoristas, em meio a rumores sobre paralisação no final deste mês.

Segundo a entidade, fundada em 1983 e que afirma representar 600 mil caminhoneiros autônomos do país, "são inúmeros telefonemas e mensagens de insatisfação com o atual piso mínimo de frete, bem como a falta de fiscalização para o seu cumprimento".

"A entidade vem percebendo uma insatisfação muito grande da categoria o que pode refletir em uma possível nova paralisação."

A Abcam afirmou que espera para 10 de abril a divulgação de estudos pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Universidade de São Paulo (USP), sobre uma nova metodologia para a tabela de fretes, criada no governo de Michel Temer no ano passado como forma de encerrar a greve que paralisou o país por 11 dias no final de maio.

"Antes disso acontecer, qualquer medida seria intempestiva", informou a Abcam.

Caminhoneiros têm protestado há meses sobre problemas na implementação da tabela. Em dezembro, um bloqueio interditou parcialmente a BR-116 no Rio de Janeiro, depois que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter concedido liminar impedindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar transportadores que não seguirem os fretes rodoviários mínimos. [nL1N1YF091]

"A Abcam espera que não seja necessário chegar uma nova e traumática paralisação. A entidade conta com o diálogo e a aproximação com o novo Governo Federal (...) Apesar disso, a entidade entende que a categoria é soberana em suas escolhas", afirmou a entidade.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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