Brasil

Haddad e petistas próximos a Lula defendem manutenção de apoio a Freixo

O diretório estadual do PT no Rio aprovou, na terça-feira, a retirada do apoio a Freixo, sob argumento de que o PSB descumpriu o acordo feito com os petistas ao defender a candidatura de Alessandro Molon

Lula: Outros integrantes da campanha de Lula próximos ao ex-presidente dividem a mesma opinião de Haddad (Mauro Pimentel/Getty Images)

Lula: Outros integrantes da campanha de Lula próximos ao ex-presidente dividem a mesma opinião de Haddad (Mauro Pimentel/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de agosto de 2022 às 06h24.

Candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT e um dos nomes mais próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad disse na quarta-feira, 3, ver a situação do palanque no Rio de Janeiro com preocupação e defendeu que o partido "não poupe esforços" para trabalhar pela eleição de Marcelo Freixo (PSB).

"Vejo com preocupação, porque temos grande condição de ganhar a eleição no Rio de Janeiro. Temos um candidato que, se não é o líder, está próximo do líder", disse Haddad. "É uma figura louvável, que está conseguindo ampliar, como eu tentei em São Paulo também, ampliar a nossa coalizão", afirmou, sobre Freixo, em entrevista coletiva após participar de evento na Fiesp.

O diretório estadual do PT no Rio aprovou, na terça-feira, a retirada do apoio a Freixo, sob argumento de que o PSB descumpriu o acordo feito com os petistas ao defender a candidatura de Alessandro Molon (PSB) ao Senado e não a de André Ceciliano (PT). A Executiva Nacional do partido se reunirá virtualmente na manhã desta quinta-feira para debater o assunto.

Outros integrantes da campanha de Lula próximos ao ex-presidente dividem a mesma opinião de Haddad. A avaliação de nomes ouvidos pelo Estadão é de que, a despeito do descumprimento do acordo pelo PSB, não é hora de dar um cavalo de pau na disputa estadual e mudar o rumo das coisas. A sugestão de integrantes do partido próximos a Lula é manter dois candidatos ao Senado, Molon e Ceciliano, com Freixo como candidato a governador.

Alguns petistas lembram que Molon tem boa entrada com setores da esquerda que votam em Lula, além do apoio de artistas e intelectuais no Rio. Uma divisão, segundo essas mesmas fontes, não seria desejável.

LEIA TAMBÉM: 

Lula discute com aliados possibilidade de assinar carta pró-democracia

Acompanhe tudo sobre:PT – Partido dos TrabalhadoresPolíticaEleições 2022

Mais de Brasil

Não há ‘temas proibidos’ em conversa entre Lula e Trump, diz Alckmin

Presidente da Caixa deve defender bet do banco em reunião com Lula

Polícia Federal pode suspender emissão de passaportes por falta de verba

Deputados protocolam PEC da Reforma Administrativa