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Governador do Tocantins é afastado em operação da PF que investiga desvio de recursos

Segunda fase da "Operação Fames-19" investiga um esquema de desvio milionário de recursos públicos no governo de Tocantins, com foco em fraudes em contratos de cestas básicas durante a pandemia

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 08h23.

O governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo nesta quarta-feira, 3, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A determinação é válida por 180 dias.

Barbosa é alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta manhã que apura um suposto esquema de desvio de dinheiro público do governo de Tocantins para a compra de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

Batizada de "Fames-19", a operação tem mais de 200 agentes cumprindo 51 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares.

Segundo apurou a EXAME, mandados são cumpridos no Palácio Araguaia e na Assembleia Legislativa do estado. Procurado, o governo de Tocantins ainda não se manifestou.

Segundo a PF, objetivo é reunir novos elementos para esclarecer o uso de emendas parlamentares e o suposto recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos.

As investigações apontam que foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos para cestas básicas e frango congelado. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 73 milhões. Os valores teriam sido desviados e depois ocultados por meio da construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e pagamento de despesas pessoais dos envolvidos.

Segundo a PF, há "fortes indícios" de um esquema de desvio de recursos públicos entre 2020 e 2021, quando os investigados teriam "se aproveitado do estado de emergência em saúde pública e assistência social para fraudar contratos de fornecimento de cestas básicas".

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