Brasil

Gleisi Hoffmann culpa setor privado pela crise

A senadora também questionou os diretores do BC sobre quais medidas são necessárias para que a inflação convirja para a meta de 4,5% já no ano de 2017


	Gleisi Hoffmann: a senadora também questionou os diretores do BC sobre quais medidas são necessárias para que a inflação convirja para a meta de 4,5% já no ano de 2017
 (Pedro França/Agência Senado)

Gleisi Hoffmann: a senadora também questionou os diretores do BC sobre quais medidas são necessárias para que a inflação convirja para a meta de 4,5% já no ano de 2017 (Pedro França/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 12h30.

Brasília - A presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR), culpou o setor privado pela crise vivida atualmente no Brasil.

A colocação da petista provocou protestos dos senadores que acompanham a sabatina dos diretores do Banco Central (BC) na manhã desta terça-feira, 5.

O senador Ivo Cassol (PP-RO) foi incisivo na resposta. "É injustiça querer culpar o setor produtivo pela incompetência (do governo)", disse.

Segundo Gleisi, a crise de 2008 foi provocada pelo setor privado e foi internalizada pelo Estado.

"O aumento da taxa de juros brasileira está intimamente ligado a isso. Internalizamos uma crise do setor privado, do setor financeiro. E aí vira discurso que temos que fazer austeridade fiscal, tirar de políticas públicas para dar dinheiro ao setor privado e pagar serviço da dívida", criticou Gleisi, que em seguida deixou a mesa para participar da Comissão Especial do Impeachment.

Outros senadores, inclusive Cassol, discordaram de Gleisi e teve início um breve bate-boca. Em seguida, Cassol declarou voto favorável aos diretores, mas advertiu que esperava que honrassem o seu voto de confiança.

"Defendo taxa de juros baixa. Não entendo por que isso não funciona no Brasil", disse o senador. Ele foi enfático ao dizer que os diretores do BC não podem "vestir a camiseta dos bancos", ou ele "desceria o cacete". "Aqui não tem moleza."

Mais cedo, a senadora Lucia Vania (PSB-GO) afirmou que os problemas fiscais são graves e precisam ser resolvidos.

Neste contexto, a parlamentar questionou os indicados sobre como veem a apresentação, pelo Executivo, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui um teto para os gastos públicos.

A senadora também questionou os diretores indicados sobre quais medidas são necessárias para que a inflação convirja para a meta de 4,5% já no ano de 2017.

Esse compromisso tem sido reiterado pelos indicados em suas falas. "Como fazer isso sem sacrificar a economia?", indagou Lucia Vania, que também provocou os economistas sobre a eventual necessidade de promover ajustes no regime de metas para a inflação.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilCrise econômicaSenadoGleisi HoffmannMinistério da Casa Civil

Mais de Brasil

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF

Brasil enfrenta onda de tempestades com risco de tornados nesta semana

Aviação brasileira supera número de passageiros do pré-pandemia em 8,5% e dá força a novos destinos

Dia do Gaúcho: por que 20 de setembro é considerado feriado no Rio Grande do Sul