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Fabiano Contarato é eleito presidente da CPI do Crime Organizado

A relatoria da comissão ficou com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE)

Senador Fabiano Contarato (PT-ES): a CPI foi instalada na manhã desta terça-feira, 4 (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Senador Fabiano Contarato (PT-ES): a CPI foi instalada na manhã desta terça-feira, 4 (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 13h27.

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito nesta terça-feira, 4, presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar o crime organizado.

Para a vice-presidência, o colegiado elegeu o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). A relatoria ficou com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que articulou o pedido para criação da CPI.

A comissão foi instalada nesta manhã. A base aliada ao governo indicou Contarato e a oposição defendeu Mourão. Na votação, o petista saiu vitorioso por 6 votos a 5. Após acordo, Mourão foi escolhido como vice de forma simbólica.

Ao assumir a presidência, Contarato afirmou que a segurança pública não deve ser uma pauta exclusiva de direita. "A segurança pública é um direito do povo e um dever do Estado. Enquanto eu estiver na presidência dessa CPI, o medo não faltará ao debate sobre o crime. A verdade será a protagonista", afirmou o senador.

O colegiado terá um prazo de 120 dias para investigar o crescimento das facções criminosas e das milícias. O foco é a atuação e o funcionamento de grupos como Comando Vermelho (CV) e o PCC.

Criação da CPI

A criação da CPI foi anunciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, dois dias após a megaoperação policial contra o Comando Vermelho que resultou na morte de 121 pessoas nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

De acordo com Alessandro Vieira, o avanço do crime organizado é consequência do "abandono do poder público". O senador reforçou, em suas redes sociais, que a situação exige uma solução urgente e não se trata de uma pauta eleitoreira: “Essa tragédia tem solução. Não é pauta eleitoreira, é urgência nacional”, afirmou.

A CPI será composta por 11 senadores. Para as investigações, a comissão terá um orçamento de R$ 30 mil.

Balanço da megaoperação no Rio

Batizada de Operação Contenção, a ação realizada entre as polícias Civil e Militar nesta terça-feira, 28, foi considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com saldo de 121 mortos, 113 pessoas presas e mais de 90 fuzis apreendidos, de acordo com dados divulgados pelo governo do estado, na quarta-feira.

Os confrontos começaram após o cerco de forças de segurança às comunidades da Penha e do Alemão, áreas sob domínio do grupo Comando Vermelho. A ação desencadeou uma série de reações do tráfico, incluindo bloqueios em vias expressas e paralisações no sistema de transporte público.

Segundo o governo do Rio, o objetivo da operação foi conter a expansão territorial da facção. Em contrapartida, organizações civis e moradores relataram denúncias de execuções, remoção de corpos e uso excessivo da força por parte dos policiais.

Saiba tudo sobre a megaoperação no Rio de Janeiro

*Com informações de Agência Senado

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