Brasil

Elétricas ajudam governo a localizar famílias carentes

Concessionárias de energia começarão a cadastrar os mais pobres em agosto

Combate à pobreza: governo convoca concessionárias para cadastrar famílias carentes (Ricardo Benichio/Veja)

Combate à pobreza: governo convoca concessionárias para cadastrar famílias carentes (Ricardo Benichio/Veja)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2011 às 09h21.

São Paulo - A maior dificuldade dos programas de transferência de renda no Brasil tem sido localizar as famílias mais carentes e mais afastadas de serviços públicos. Para viabilizar as ações do Brasil sem Miséria, programa de erradicação da pobreza extrema lançado pela presidente Dilma Rousseff no início do mês, o governo recorrerá a meios pouco convencionais: acionará concessionárias de energia elétrica para ajudar no cadastramento.

Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, funcionários da AES Eletropaulo já estão sendo treinados para entrar em campo e ajudar na busca dessas famílias. A operação será iniciada em agosto.

Representantes dos ministérios de Desenvolvimento Social e de Minas e Energia, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica e da agência reguladora do setor, a Aneel, já começaram a discutir a extensão desse tipo de parceria para outras regiões do País, especialmente aquelas com grande concentração populacional.

O interesse é mútuo. Se, de um lado, o governo federal quer vencer as barreiras que o impedem de chegar aos miseráveis, de outro as concessionárias querem acesso ao cadastro das famílias para cumprir as determinações da Lei 12.212, que dispõe sobre a chamada tarifa social de energia elétrica.

A tarifa social era determinada conforme a escala de consumo da família: quanto menos energia se consumisse, maior o desconto na conta. Pela lei aprovada em janeiro do ano passado, porém, o desconto deve ser dado a famílias de baixa renda, com até meio salário mínimo per capita, independentemente do nível de consumo. Elas podem ter descontos de até 65% na conta.

Segundo estimativas do Ministério do Desenvolvimento Social, existe pelo menos 1 milhão de famílias cujos integrantes se encontram no patamar de maior exposição a riscos sociais decorrentes da miséria e que ainda não foram cadastradas por serviços de assistência social. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasDilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilEmpresas abertasEnergia elétricaServiçosEmpresas americanasPobrezaAESqualidade-de-vidaPadrão de vida

Mais de Brasil

PF prende suspeitos em operação contra fraudes em concursos públicos

CPI do INSS ouve ministro da CGU sobre fraudes em benefícios de aposentados

Imposto de Renda: o que muda para profissionais liberais, como advogados, médicos e engenheiros?

Polícia investiga morte de dois amigos após consumo de uísque adulterado com metanol em Pernambuco