Brasil

Edinho Silva reitera que governo é contra maioridade penal

Ministro reforçou fala de Dilma contrária à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos


	Presidente Dilma Rousseff e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente Dilma Rousseff e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 16h46.

Brasília - O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, reforçou hoje (1°) a posição do governo contrária à proposta de mudanças na lei para reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos.

No fim de semana, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou, por uma rede social, que vai levar a proposta de emenda à Constituição que trata do tema ao plenário para votação até o fim de junho.

“É um direito que o presidente Eduardo Cunha tem. Como parlamentar, como presidente da Casa, cabe a ele criar a agenda de debates do Legislativo. Nesse sentido, o governo respeita o Poder Legislativo, mas todos sabem que o governo, a presidente Dilma, tem uma outra posição. O governo da presidente Dilma não acredita que a redução da maioridade penal vá reduzir a criminalidade no Brasil. Inclusive, países que assumiram posições semelhantes não tiveram redução da criminalidade”, disse o ministro.

Em abril, Dilma se manifestou contra a redução da maioridade penal e defendeu mudanças na lei brasileira para ampliar as penas para adultos que aliciam adolescentes para o crime.

Edinho Silva reforçou que essa é a prioridade do governo e disse que um grupo de trabalho coordenado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está analisando propostas de alteração da legislação para combater a impunidade, entre outros.

“O ministro José Eduardo Cardozo está liderando um grupo - hoje, inclusive, a presidente Dilma pediu para que a Casa Civil coordene um grupo ministerial para que a gente possa, além daquilo que já tem sido pensado e elaborado, pensar outras medidas no sentido de combater a impunidade, de aumentar a pena dos adultos que utilizam os adolescentes para a prática criminosa e outras medidas no sentido de melhorar o ambiente social, que, quando deteriorado, é um ambiente propício que leva o adolescente à criminalidade”, avaliou.

Silva também defendeu o fortalecimento de políticas de inclusão social e educação para reduzir as possibilidades de que adolescentes entrem no crime.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilGoverno DilmaJovensCriançasCâmara dos DeputadosLegislaçãoCrime

Mais de Brasil

Temer não vê sucesso em anistia unilateral e chama ataque de Tarcísio a Moraes de 'infelicidade'

'Traidor da Constituição é traidor da Pátria', diz Alckmin em ato pela democracia

Fachin se reúne com Lula para entregar convite de sua posse na presidência do STF

Hugo Motta reúne líderes para tentar dar um desfecho à pressão por anistia