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Depois da PF, Lula deve mudar superintendentes da Receita

Avaliação é de que houve um direcionamento nesses cargos de confiança para nomes ligados ao ex-presidente e sua família

Lula: outras mudanças devem ser feitas depois de Bolsonaro ter promovido um esvaziamento no Fisco (SERGIO LIMA/AFP/Getty Images)

Lula: outras mudanças devem ser feitas depois de Bolsonaro ter promovido um esvaziamento no Fisco (SERGIO LIMA/AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2023 às 09h03.

Última atualização em 22 de janeiro de 2023 às 09h04.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende substituir superintendentes da Receita Federal. A avaliação é de que, assim como ocorreu na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve um direcionamento nesses cargos de confiança para nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua família.

Além disso, outras mudanças devem ser feitas depois de o ex-presidente ter promovido um esvaziamento no Fisco, especialmente na área de fiscalização.

Segundo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, o secretário da Receita Federal, Robinson Barrerinhas, procura novos nomes para as administrações regionais do Fisco e pretende aumentar o número de mulheres e negros ocupando esses cargos - diretriz de Lula para toda a administração.

Ao todo, a Receita tem dez superintendentes. Desde a saída de Bolsonaro, apenas o da 6.ª Região Fiscal, que corresponde ao Estado de Minas Gerais, foi substituído porque o então ocupante do cargo, Mário Dehon, foi promovido a subsecretário de Arrecadação e Cadastros.

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Dehon era superintendente do órgão no Rio de Janeiro no início do governo Bolsonaro, e acabou sendo transferido para Minas após uma série de supostas interferências do ex-presidente na Receita Federal no Estado de origem de sua família.

Em um dos episódios, em 2019, o então presidente chegou a dizer que o Fisco do Rio estaria fazendo uma "devassa" na vida financeira de seus familiares e teria pedido a substituição de Dehon e de delegados da Receita ao então ministro da Economia, Paulo Guedes.

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