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Departamento de propinas da Odebrecht girou US$ 3,37 bi em 9 anos

Hilberto Mascarenhas trabalhou na Odebrecht por 40 anos por "predomínio na área financeira"

Odebrecht: em espécie no Brasil e em depósito bancário em contas no exterior eram as duas formas de pagamentos da empreiteira, segundo o delator (Paulo Whitaker/Reuters)

Odebrecht: em espécie no Brasil e em depósito bancário em contas no exterior eram as duas formas de pagamentos da empreiteira, segundo o delator (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de abril de 2017 às 12h31.

O executivo Hilberto Macarenhas, um dos delatores da Odebrecht, entregou à Operação Lava Jato, uma tabela com o valor total movimentado pelo Setor de Operação Estruturadas, o Departamento da Propina da empreiteira. Entre 2006 e 2014, foram girados aproximadamente US$ 3,37 bilhões.

Hilberto Mascarenhas trabalhou na Odebrecht por 40 anos por "predomínio na área financeira".

Em 2006, relatou, estava na tesouraria da Odebrecht S.A sem programa específico, quando foi "intimado" por Marcelo Odebrecht, que na época era o presidente da Construtora Norberto Odebrecht, para assumir a área de Operações Estruturadas, subordinada a ele.

O delator afirmou que "em princípio", relutou a aceitar o cargo "tendo em vista a grande exposição e risco" que o trabalho traria, mas "depois de alguma insistência", aceitou a proposta.

Hilberto afirmou que haveria "remuneração e pelos benefícios que passaria a ter, tais como carro com motorista, apartamento em São Paulo para trabalho e passagem de volta a Salvador nos finais de semana", onde residia a família.

Segundo Hilberto, a área fazia duas formas de pagamentos: em espécie no Brasil e em depósito bancário em contas no exterior. Os repasses no País eram entregues em "pacotes/mala de dinheiro em locais predeterminados".

As transferências bancárias no exterior eram feitas a partir de offshores na não declaradas.

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